O morador de Belo Horizonte gasta diariamente, em média, uma hora para se deslocar para o trabalho ou para a escola. Ao final do mês, levando em consideração apenas os dias úteis, seriam cerca de 20 horas em deslocamento, ou seja, quase um dia inteiro preso no trânsito. Apesar disso, a população quer deixar o carro na garagem para usar o transporte público e realizar, se possível, suas atividades diárias perto da residência.
Quase metade da população da cidade (47%) ainda depende do carro como principal meio de mobilidade, embora 93% dos entrevistados tenham respondido que o ideal seria a mobilidade urbana fosse baseada em transporte público, bicicleta e deslocamento a pé.
Mudanças. Segundo José Mello, as mulheres são mais sensíveis ao tema da mobilidade urbana. “Mesmo que o estudo não tivesse perguntas sobre gênero, nós percebemos que as mulheres responderam de forma mais consciente e otimista com a possibilidade de melhorias”, explicou Mello.
Para a maioria dos belo-horizontinos (60%), o caminho para mudanças no sistema de mobilidade urbana está nas mãos de ações individuais e coletivas. Em segundo lugar, aparece no voto, com 31% das opiniões.
Nos últimos cinco anos, 33% dos entrevistados de Belo Horizonte mudaram o meio de transporte utilizado. Desses, 67% migraram do transporte público para o carro. As principais justificativas foram redução do tempo de percurso, o conforto e o menor cansaço pelo tempo despendido com o trânsito. Por outro lado, 24% da pessoas que mudaram de meio de transporte, deixaram o veículo particular de lado para utilizar o transporte público ou passaram a realizar os percursos a pé.