A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) defendeu a operação que terminou em três suspeitos mortos por policiais na madrugada desta terça-feira (2 de abril) na avenida João César de Oliveira, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a porta-voz da corporação, major Layla Brunnela, os militares agiram de acordo com o protocolo e reagiram diante do risco à própria vida e à vida de pedestres e moradores da região. Entre os mortos, está um adolescente de 15 anos e um jovem de 25. O outro ainda não foi identificado.
Não houve troca de tiros, mas a militar explica que o trio conseguiu ultrapassar os cercos dos policiais na via e não cessaram a violência após a ordem de parada com sinais sonoros. “É preciso explicar que não é preciso que os suspeitos atirem para que os policiais estejam em risco e precisem reagir. Nesse caso, os homens apontaram arma para a guarnição e jogaram o veículo para cima da viatura, em uma ameaça evidente”, afirma.
A major reforça que os três suspeitos foram socorridos imediatamente, mas morreram poucos minutos após o início do atendimento no Hospital Municipal de Contagem. “Todas as vítimas reconheceram os três autores e apontaram como estavam violentos e exaltados. Eles não pararam com a ordem da polícia e estavam em alta velocidade, havia risco inclusive para pedestres e outros veículos. Aconteceu em uma avenida movimentada de Contagem”, continua a Major Layla.
Os militares que atiraram estão à disposição da Polícia Militar Judiciária. “As medidas da polícia são adotadas normalmente. Os militares vão ao Rotam e passam por processo judicial. Os depoimentos das vítimas e imagens de monitoramentos dos furtos e da perseguição já estão sendo em caminhadas para serem anexadas no processo”, explica a comandante.
Dois dos suspeitos, de 15 e 25 anos, foram identificados. Eles possuem diversas passagens pela polícia, entre elas, por porte ilegal de arma de fogo e roubo. O mais velho estava em uso de tornozeleira eletrônica com um papel alumínio acoplado. “Segundo ele, para não ser rastreado”, explica a major. O terceiro ainda não foi identificado, segundo a corporação, aparenta ter pouco mais de 20 anos.
Uma das vítimas do trio, que cometeu uma série de furtos e roubos sequenciados da noite de segunda até a madrugada de terça, contou aos policiais que foi violentada.
Segundo a vítima, ela levou coronhadas de arma de fogo na cabeça e foi coagida com violência após demorar a tirar o celular do bolso e entregar aos suspeitos. Durante o roubo, um dos homens manteve uma arma na cabeça da mulher. Os veículos e itens furtados foram devolvidos aos proprietários.
O primeiro furto ocorreu na avenida João César de Oliveira, em Contagem. O trio armado abordou a vítima dentro de um carro Siena prata. Os homens fugiram com o veículo e abandonaram a vítima, mas não conseguiram ir muito longe. Um sistema de segurança do carro desligou o veículo cerca de 10 minutos após o roubo.
A pé de novo, o trio realizou um segundo roubo em seguida. Dessa vez, no bairro Glória, em Belo Horizonte, próximo à divisa com Contagem. Os homens roubaram um Fiat Palio preto e abandonaram o condutor na rua.
Com a direção do carro, os suspeitos partiram para os últimos dois roubos, cerca de 1h30 depois. Próximo a uma drogaria que estava fechando, o trio abordou duas pessoas a pé. Segundo a PM, com agressividade, para roubar celulares de duas vítimas. Três armas foram apreendidas. Duas pistolas de cal .9 e um revólver de cal .38.