O Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH) informou, nessa quarta (7), que está investigando uma ameaça de massacre no campus da avenida Cristiano Machado, localizado no bairro União, na região Nordeste de Belo Horizonte. Desde a semana passada, uma mensagem de cunho ameaçador tem circulado nas redes sociais, na qual uma aluna afirma que comparecerá à instituição armada para que o seu “direito seja garantido”.
Por meio de nota, o centro universitário informou que a investigação ocorre internamente. A assessoria de imprensa do UniBH relatou que a Polícia Militar está ciente sobre o assunto, mas não detalhou se ocorrências foram registradas junto a corporações policiais militar ou civil.
Veja o Twitter:
Nota Oficial - Unidade Cristiano Machado
— UniBH (@UniBH) 7 de maio de 2019
Informamos que as mensagens que circulam pelo WhatsApp e nas redes sociais a respeito de ameaças envolvendo estudantes da unidade Cristiano Machado estão sendo investigadas pela direção da instituição.
A reportagem de O TEMPO recebeu informações de que, na segunda-feira (6), policiais estariam no local à paisana para resguardar a segurança dos alunos.
O caso
Uma aluna do campus Cristiano Machado, estudante de letras, teria ameaçado alunos da sala onde estuda com uma mensagem após relatar ter sido hostilizada por eles. “Realmente, tenho muita dificuldade, não só em inglês, mas em outras matérias. E ainda sou hostilizada quando tento esclarecer as minhas dúvidas”, escreveu.
Ela continua relatando que não olha “na cara de certas pessoas" que a hostilizaram no grupo. Relata ainda que não precisa do tal grupo para expressar o que sente, mas, que, “infelizmente”, terá que “ir para a faculdade armada" para que seu "direito seja respeitado”.
Em uma mensagem que circula nas redes sociais, uma outra estudante, que seria da sala dela, conta que a aluna não gosta do fato de ver seus colegas entrando e saindo do ambiente escolar. “Eu e meus amigos saímos mais cedo da aula, e ela falou que estava cansada de a gente sair mais cedo, levantando para beber água, que a gente deveria fazer uma faculdade a distância”, contou.
“Na quinta-feira, ela falou pra um amigo dela, que é da sala, que ela estava pensando num jeito de acabar com a gente, que ela deveria ter ficado calada para pegar a gente de surpresa, que ela tinha arma e não tinha medo de usar”, ainda conta a aluna no áudio.
A aluna conclui o áudio contando que teoricamente ela pode voltar para a instituição nesta quinta-feira (9) e, que, por causa disso, não vai à escola nesse dia. Fala ainda que já tem ouvido campanha contra bullying na instituição, mas nega que os colegas de turma o tenham praticado contra a aluna.
Repercussão
Nas redes sociais, alguns alunos relataram medo após o possível ataque à instituição. "E esse boato de possível massacre no UniBH? Já não estava tendo ânimo pra ir pra aula, agora então... Que Deus proteja todos nós", escreveu uma pessoa no Twitter.
"Não sei se é fake news, mas eu recebi uma mensagem que um aluno do UniBH estava planejando um massacre na faculdade igual o que teve em São Paulo, todo mundo com medo de algo acontecer", relatou outro internauta.
"Eu aqui morrendo de rir do UniBH fingindo que se preocupa com bem-estar dos alunos, mas na verdade está morrendo de medo de tomar processo caso alguma coisa aconteça", escreveu um usuário no micro-blog. (Com Lara Alves)