Vacina testada pela UFMG pode começar a ser aplicada em novembro, diz Doria

A Coronavac, vacina contra o coronavírus em fase de testes na UFMG e em outros locais do Brasil, pode começar a ser aplicada ainda neste ano, em novembro. A informação foi dada nesta terça-feira (4) pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em entrevista exclusiva ao apresentador Ricardo Sapia, da Rádio Super.

"Teremos novembro, janeiro, fevereiro e uma parte de março para realizar a imunização da maior parte dos brasileiros, a começar daqueles que estão nos grupos de risco, passando por aqueles que fazem o atendimento médico, profisisonais de segurança pública e, aí sim, a grande massa da população", detalhou o governador.

O antígeno está sendo testado a partir de um estudo do Instituto Butantan, com sede no estado de São Paulo, em parceria com a chinesa Sinovac Biotech, e a UFMG foi um dos 12 centros escolhidos para testar a vacina, que começou na semana passada a ser aplicada nos 9 mil voluntários espalhados pelo Brasil, sendo 852 em Minas.

Caso o antígeno apresente resultados positivos, o Butantan tem capacidade de produzir imediatamente 120 milhões de doses, que atingiriam 60 milhões de pessoas, já que são necessárias duas doses por indivíduo. A distribuição deve ser feita pelo Ministério da Saúde e, segundo afirmou Doria, não deve haver privilégio para um ou outro estado da Federação.

"Estamos trabalhando para conseguir um investimento que dobre a capacidade de produção do Butantan, para 240 milhões de doses, com esse número, conseguimos imunizar 120 milhões de brasileiros", revelou Doria. A expectativa é de que parte prioritária da população esteja imunizada em fevereiro e em até 60 dias todos os que precisam já tenham recebido as doses da vacina.