A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou nesta quarta-feira (15), que fará um corte de 20% pelos próximos seis meses nos salários dela, dos ministros e outros executivos de alto escalão do governo.
Ardern disse que a medida é um ato simbólico de solidariedade com as pessoas que sofrem financeiramente durante a pandemia de coronavírus. O salário anual da chanceler da neozelandesa é de cerca de US$ 285 mil.
"Embora ela não mude a posição fiscal geral do governo, é sobre liderança", disse ela a repórteres. "Isso sempre foi um reconhecimento do sucesso que muitos neozelandeses vão receber no momento".
O líder da centro-esquerda disse que o corte não seria implementado em todo o serviço público. "Muitas pessoas em nosso setor público são trabalhadores essenciais da linha de frente - enfermeiros, policiais, profissionais de saúde", disse Ardern.
"Não estamos sugerindo cortes salariais aqui, nem os neozelandeses acham isso apropriado". A Nova Zelândia determinou quarentena total pela Covid-19 de quatro semanas. A medida paralisou a economia, com milhares de perdas de empregos já anunciadas. O governo estimou nesta semana que o desemprego - atualmente em torno de 4% - pode subir para quase 26% no pior cenário.
Ardern disse que seu corte salarial foi uma pequena contribuição para diminuir as desigualdades salariais na sociedade. "Se houve um tempo para diminuir a diferença entre posições diferentes, é agora", disse ela.