Internacional

Coronavírus: Primeira-ministra da Nova Zelândia corta 20% do próprio salário

Além da chanceler, seus ministros também terão o mesmo índice de corte nos rendimentos pelos próximos seis meses; medida é ato de solidariedade às famílias que perderam a renda por conta da Covid-19

Por AFP
Publicado em 15 de abril de 2020 | 15:41
 
 
 
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A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou nesta quarta-feira (15), que fará um corte de 20% pelos próximos seis meses nos salários dela, dos ministros e outros executivos de alto escalão do governo.

Ardern disse que a medida é um ato simbólico de solidariedade com as pessoas que sofrem financeiramente durante a pandemia de coronavírus. O salário anual da chanceler da neozelandesa é de cerca de US$ 285 mil.

"Embora ela não mude a posição fiscal geral do governo, é sobre liderança", disse ela a repórteres. "Isso sempre foi um reconhecimento do sucesso que muitos neozelandeses vão receber no momento".

O líder da centro-esquerda disse que o corte não seria implementado em todo o serviço público. "Muitas pessoas em nosso setor público são trabalhadores essenciais da linha de frente - enfermeiros, policiais, profissionais de saúde", disse Ardern.

"Não estamos sugerindo cortes salariais aqui, nem os neozelandeses acham isso apropriado". A Nova Zelândia determinou quarentena total pela Covid-19 de quatro semanas. A medida paralisou a economia, com milhares de perdas de empregos já anunciadas. O governo estimou nesta semana que o desemprego - atualmente em torno de 4% - pode subir para quase 26% no pior cenário.

Ardern disse que seu corte salarial foi uma pequena contribuição para diminuir as desigualdades salariais na sociedade. "Se houve um tempo para diminuir a diferença entre posições diferentes, é agora", disse ela.

 

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