Em Nova Lima

Vizinhos já fizeram boletim de ocorrência contra cirurgião que promoveu festa

Polícia foi chamada ao condomínio durante a realização de outra festa, no dia 18 de outubro; moradores relataram estar incomodados com a confraternização e o som alto

Por Bruno Menezes
Publicado em 21 de dezembro de 2020 | 16:30
 
 
 
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“Volta que deu merda”, é o que diz a placa afixada na porta de entrada do apartamento do médico cirurgião de 38 anos que promoveu uma festa com aglomeração de pessoas, DJ e garçom no último sábado (19), em um condomínio no bairro Vila da Serra, em Nova Lima, na região metropolitana, sem se preocupar com a pandemia de coronavírus.

A frase vem acompanhada de um conhecido desenho que mostra a evolução do homem. De acordo com vizinhos do médico, que também é influencer nas redes sociais, ele costuma promover festas para 40 ou 50 pessoas a cada 15 dias no apartamento. 

A situação tem incomodado moradores e vizinhos do médico, que já chegaram a registrar um boletim de ocorrência contra ele, durante a realização de outra festa em 18 de outubro. “Desde que ele mudou para cá, há cerca de dois anos, ele faz isso praticamente todo o final de semana. Só não faz quando ele tem plantão. Teve um dia que ele estava com um DJ esom muito mais alto e chegaram a chamar a polícia, porque ele tinha mais de 50 pessoas no apartamento. A polícia pediu para ele encerrar imediatamente o barulho”, conta um vizinho que pediu para não ser identificado. 

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência registrado no dia 18 de outubro, os policiais chegaram ao local após uma denúncia de perturbação feita por vizinhos do médico, que relataram que a festa teria começado por volta de 20h. O documento também informa que, quando os policiais chegaram ao local, já não havia mais som alto no apartamento e a ocorrência foi encerrada por volta das 4h.

“Quando deu 21h, 22h, era impossível ficar dentro do apartamento, tamanha era a altura do som. O síndico emitiu uma notificação para ele, mas não sei se chegou a ser multado. Aqui no condomínio, primeiro entregamos a notificação e se não cessar, ele seria multado com o valor de um condomínio, o que daria cerca de R$ 1.200”, detalhou um vizinho.

Preocupação

O trânsito de muitas pessoas desconhecidas no condomínio tem gerado preocupação entre vizinhos do médico, devido a uma possível ocorrência de transmissão da Covid-19.  

“A gente tem aqui 23 andares com quatro apartamento cada um. Você imagina a quantidade de gente que circula pelo elevador, o que um sujeito desse causa trazendo de fora, entre 40 e 50 pessoas,  sem se preocupar com nada no prédio. O condomínio que tem mais ou menos 650 apartamentos”, reclama um vizinho. O homem ainda diz que o médico cirurgião utiliza um tom agressivo e se irrita quando reclamam do barulho. 
“Ele acha que é dono do prédio, talvez por fazer consultas de R$ 1.200”, esbravejou um vizinho. 

Outro lado

A reportagem entrou em contato com o consultório do médico, localizado no bairro Funcionários, na região Centro-sul de Belo Horizonte. Em um dos telefones disponíveis no site da clínica, uma funcionária informou que o médico não iria nesta segunda-feira (21) ao consultório e que não teria outro número para contato direto com ele.

 

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