O Ministério da Saúde publicou, em outubro deste ano, a primeira revisão do Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV. O documento, que foi editado pela primeira vez em 2013, estabelece as diretrizes para o diagnóstico e para o tratamento da doença.
Nesta segunda edição, o documento inclui a possibilidade de uso de testes rápidos para diagnosticar o HIV. Os resultados desses testes podem ser obtidos em até 30 minutos e eles podem ser feitos por meio de uma amostra de saliva. “Esses testes são muito úteis em campanhas e em populações vulneráveis, mas precisam de mais cautela na sua interpretação”, comenta a médica patologista clínica Luisane Vieira, do laboratório Geraldo Lustosa.
Para Luisane, o manual é de extrema importância, pois padroniza os procedimentos dos laboratórios e subsidia o trabalho dos profissionais. “O papel dos laboratórios clínicos no diagnóstico e no acompanhamento dos pacientes é fundamental. Afinal, ninguém quer ter dúvidas quando faz esse tipo de exame”, considera.
Outra novidade do manual é a política do Tratamento como Prevenção (TasP, da sigla em inglês “Treatment as Prevention”). A medida oferece aos pacientes soropositivos a possibilidade de iniciar o tratamento logo após a confirmação do diagnóstico.
“Hoje é preconizada a realização de exames de triagem, que podem ser confirmados ou não em uma nova amostra, e, se necessário, podem ser feitos exames confirmatórios até mesmo de diagnóstico molecular. Assim, os resultados finais da investigação laboratorial podem ser bastante conclusivos”, afirma.