Se você gosta de bons petiscos, cerveja gelada, além de uma boa conversa entre amigos e familiares, então é melhor se apressar para marcar presença na 20ª edição do Comida di Buteco. Isso porque o maior concurso de comida raiz do Brasil segue até o dia 12 de maio.
Ao todo, 52 bares de Belo Horizonte participam da disputa, que elegerá qual deles representará a capital mineira na etapa nacional, que será realizada no mês de julho, em São Paulo.
E o que não falta são boas histórias para contar dessas duas décadas do concurso. Com tantas edições seguidas, a disputa tem transformado a vida de todos os envolvidos. Um desses casos está no Bar Galpão, em Ipatinga, no Vale do Aço, único pentacampeão do evento – vencedor dos anos 2010, 2014, 2015, 2016 e 2017.
Segundo o proprietário, José Wilson, o estabelecimento tem 21 anos de existência e já passou por muitas dificuldades até participar do Comida di Buteco. “Depois que ganhei o meu primeiro título, tudo mudou. Hoje tenho clientes de todo o Vale do Aço, além de turistas que fazem questão de conhecer o meu local de trabalho”, conta.
Conforme explica Wilson, o segredo para vencer a disputa é conseguir conquistar o cliente. “Para isso, precisamos elaborar um tira-gosto de qualidade”, ressalta.
Confira os pratos vencedores do Bar Galpão:
2010
2014
2015
2016
2017
No entanto, segundo ele, além desse requisito, é preciso trabalhar outros fatores importantes, como o bom atendimento, a bebida na temperatura certa e a higienização do estabelecimento. “Tudo isso faz com que as notas do público e dos jurados tenham um peso importante para que o bar se torne campeão”, garante.
Recorde. Com 17 participações, o maior número entre todos os ‘butecos’ no Brasil, outro estabelecimento que está na biografia do concurso é o Café Palhares, de Belo Horizonte, campeão em 2009.
De acordo Luiz Fernando Ferreira, um dos proprietários do local, durante o período do concurso a movimentação de clientes aumenta em 100%, o que demonstra a relevância do evento.
Ainda de acordo com ele, ao longo de todos esses anos, um ponto que deve ser destacado é a mudança cultural que aconteceu depois que o Comida di Buteco começou.
“Antes, não era tão comum ver mulheres nos bares. Isso mudou depois da chegada dessa grande festa. Elas passaram a frequentar, e muito, esse ambiente. Aqui no meu estabelecimento, por exemplo, várias estão presentes todos os anos, o que é muito bom”, diz.
Ferreira destaca também que a expectativa de realizar um trabalho de destaque neste ano é alta. “Estamos trabalhando para voltarmos a ser reconhecidos como o melhor ‘buteco’ do Estado. Sabemos que a concorrência é muito grande, pois disputamos com os melhores estabelecimentos do segmento na capital”, afirma.
Neste ano, todos os tira-gostos estão sendo comercializados a R$ 20.