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Oito peças abrem suas temporadas neste estreia e marcam o início da nova Campanha de Popularização que há mais de quatro décadas sendo realizada na capital mineira. Uma delas é “Sobre Atos e Palavras”. A obra é um drama que provoca o espectador a refletir sobre limites morais e éticos perante uma tentação.
Para exemplificar isso, o autor Pedro Cabizzuca escreveu um texto baseado em “Fausto”, obra-prima de Goethe (1749-1832), no qual utiliza um escritor que tem o mesmo nome do personagem do autor alemão e tem como grande desejo escrever um livro de sucesso. A caminho de terminar sua obra, recebe a visita do advogado Lúcio, que começa a fazer promessas em troca de modificações caras ao trabalho do autor.
“A história mostra a angústia do autor que deve escolher entre manter sua obra do modo que quer ou ver seu objetivo conquistado, mas corrompido por ter modificado seu trabalho em função de promessas sedutoras”, comenta a diretora da peça, Mariana Bizzotto.
Com boa receptividade de público em sua estreia em novembro, principalmente por artistas “que acabam se identificando”, relata Mariana, a narrativa traz ainda uma terceira personagem que serve como catalisadora para curiosidade do público. “A gente deixa em aberto o que a Bia é. A plateia fica em dúvida se ela existe mesmo ou se é uma invenção da cabeça de Fausto”, diz a diretora.
FOTO: Divulgação |
Três amigos que enfrentam uma crise financeira com humor em “As Mona Lisas” |
Ainda para adultos, iniciam-se três comédias. Entre elas, as já conhecidas “As Mona Lisas”, aventura de três amigos que enfrentam uma crise financeira com humor, e “Papo de Caipira – Uma Comédia Mais que Mineira, Uai”, mostrando as trapalhadas dos sertanejos Varginaldo e Zé Guela.
Novidades
Uma terceira dá seus primeiros passos na campanha, que sempre se mostra hospitaleira com comédias. “Abstinência, a Engraçada Greve da Indecência” foi inspirada em uma das principais obras de Aristófanes (447-385 a.C): “Lisístrata”. “Minha ideia era montar a obra original traduzida belamente por Millôr Fernandes, mas na hora vi que deveria adaptar mais ainda para esse público de internet”, diz o diretor da peça, Carl Schumacher.
O que ele fez foi diminuir o espetáculo em prol do público, que, segundo ele, busca cada vez mais peças curtas. Assim, a história das mulheres da Grécia Antiga que, cansadas de uma interminável guerra, resolvem começar uma abstinência sexual, foi adaptada com mais liberdade.
Até a personagem principal, “Lisístrata”, desapareceu. “Queria algo mais debochado e o motivo que a fez acabar com a guerra foi ter ficado viúva, o que deslocava-a um pouco do objetivo”, diz o diretor.
“A Próxima Vítima” também estreia nesta edição do evento, porém, é um suspense – como já indica o título – em torno de um assassinatos dos maridos ricos da ex-modelo cinquentenária D. Marta.
FOTO: Mariana Garcia |
“Pedro e o Lobo” é um clássico que faz parte do repertório do Giramundo desde 1993 |
Três peças infantis que já participaram de outras campanhas retornam para levar o mundo lúdico das fábulas. São elas “A Bruxinha que Era Boa”, “Pedro e o Lobo” e “Pinóquio”. Todas elas, no Anfiteatro do Pátio Savassi.