Uma das leituras mais fortemente sugeridas por “The Babadook” é a ideia do monstro como uma metáfora da depressão, que se abate sobre Amelia e Samuel devido ao aniversário de um acidente envolvendo o nascimento do garoto. A interpretação fica ainda mais latente quando se leva em conta a “escola” de direção frequentada por Jennifer Kent.
Ex-atriz, a australiana sempre quis dirigir, mas se recusava a fazer um curso de cinema. Até que um dia, mandou um e-mail para Lars Von Trier, mestre do estudo da depressão, explicando que era fã do seu trabalho e queria acompanhá-lo no set para entender como se dirige um filme.
O cineasta dinamarquês permitiu que ela voasse para a Europa e trabalhasse com ele no set de “Dogville” por um dia, em 2001. Depois disso, Kent escreveu e dirigiu em 2005 o curta “Monster”, cuja história daria origem a “The Babadook”. Com o sucesso do longa, ela já está desenvolvendo outros dois filmes e em negociações para projetos futuros com a Warner. (DO)