'Amanhã Hoje é Ontem', de Daniella Zupo, ganha nova edição

Lançado em formato livro em 2017, depois da boa repercussão da websérie de oito capítulos, embrião de tudo, "Amanhã Hoje é Ontem", da jornalista Daniella Zupo, ganha, agora, uma oportunidade de expandir ainda mais as suas fronteiras: é que a obra, que estava fora de catálogo há mais de dois anos, acaba de ganhar uma nova edição, desta vez, chancelada pela editora Somos (a primeira versão adentrou a cena pela editora independente Ramalhete), o que amplia a distribuição. Quem esteve no lançamento da primeira edição, ocorrido na Livraria e Café Quixote, na Savassi, se lembra da fila homérica por leitores anseando por um autógrafo da também apresentadora, conhecida (e querida) também por suas passagens pela telinha, em programas como o "Agenda", da Rede Minas. Para celebrar este novo momento, outro evento foi feito, na terça-feira, desta vez, na Outlet de Livros. 

Em entrevista ao Magazine, Daniella Zupo explica que ter o livro lançado pela Somos o coloca em outro patamar a começar da questão intrincada citada no início da matéria: a distribuição. "Em que pese a trajetória bem sucedida da primeira edição,  que foi independente, o livro ficou restrito às livrarias de  Belo Horizonte - e aqui esgotou sua primeira edição . Agora, ele chega a leitores e leitoras de todo o país, com uma distribuição eficiente que, sabemos, é um dos gargalos do mercado literário".

Além disso, ela enfatiza que a obra sai dentro de um conceito editorial que entende como muito interessante, o de um selo ( Somos Livros, 160 páginas, R$ 49,90)  que  propõe diferentes olhares sobre uma mesma temática a cada ciclo de lançamento, "sendo o meu um dos sete deste primeiro ciclo de livros que dialogam com o tema da vida e da morte". "Isso tudo traz alcance, abrangência e profundidade para o livro", pontua ela, somando à sua fala a alegria de ter um livro publicado com novo projeto gráfico e uma quarta capa do Mia Couto. 

Em "AHO!", como a obra se tornou conhecida, Daniella compartilha sua jornada após a descoberta, em 2015, de um câncer de mama. Com franqueza, ela compartilha temores, incertezas, conversas com o psicanalista e muito mais, propondo, de forma espontânea, várias reflexões ao leitor. "A obra caminhou bem até aqui, mas de forma independente, o que sempre é, de alguma forma, restritivo. Aquela ideia do 'exercito de um autor só'. Mesmo assim, foi destaque em emissoras e portais de todos o país e, quando lançado na sua primeira edição, figurou entre os três livros mais vendidos do Fliaraxá (2017)". 

O mais bacana no entanto, afiança a bela, é receber o retorno de leitores e leitoras através das redes socais, "dizendo do impacto da leitura do meu livro em suas vidas, independentemente de um diagnostico de câncer".  "Há leitoras que se identificam com meu livro porque viveram ou estão vivendo um diagnóstico, há os que estão ao lado de pessoas que enfrentam um câncer e entendem melhor a situação e, por fim, há os que enxergam nesse livro um caminho e um novo olhar pra vida, através de uma jornada que é, enfim, de autoconhecimento e transformação pessoal.  Tudo isso prova, até pra mim mesma, que o relato dessa experiência faz sentido pra outras pessoas".

Com a nova edição já disponível, ela confessa esperar que o livro encontre seus leitores e suas leitoras. "É só isso que um autor deseja. Acho que ele encontrou seu caminho. Agora já não é mais meu, é de cada leitora e leitor que o tiver em mãos. Já posso me dedicar ao segundo livro", diverte-se. Que ele venha presto!