O escritor e dramaturgo Antonio Bivar morreu, aos 81 anos, no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, no início da tarde deste domingo (5). A morte ocorreu por complicações respiratórias, em decorrência da Covid-19.
Em setembro do ano passado, lançou sua autobiografia, "Perseverança" (Ed. Humana Letra). Autor de livros como "O que é Punk", Bivar foi figura importante da contracultura brasileira durante a ditadura militar, época em que exilaram-se na Inglaterra nomes como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jorge Mautner e Leilah Assumpção.
"Seus livros sobre o exílio em Londres ("Verdes Vales do Fim do Mundo" e "Longe Daqui") são o melhor registro, até hoje, sobre aquele episódio", diz o amigo Aimar Labaki.
Bivar deixa irmãos e sobrinhos.
Labaki preparava um projeto junto com Bivar, "um filme sobre ele - e com ele - e a forma como de certa forma flanou, com grande elegância, pela vida: de dramaturgo inovador a integrante do íntimo círculo dos estudiosos in loco de Virginia Woolf, de introdutor do (movimento) punk no Brasil a habitué das festas do "grand monde", de grande memorialista a diretor de shows de Rita Lee Maria Betânia e Leandro e Leonardo. Editor de revistas como AZ e Around - nos quais escrevia grande parte dos textos", diz.