É com indisfarçável orgulho que o maestro titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Fabio Mechetti, anuncia o repertório da noite de abertura da temporada 2021, que acontece nesta quinta-feira, para assinantes, e na sexta, para o público em geral, na Sala Minas Gerais - os ingressos, aliás, estão à venda. "Vamos iniciar com a 'Rosamunda: Abertura, D. 644', de Schubert, ou seja, uma abertura muito viva, muito alegre. Em seguida, o Concerto para Contrabaixo nº 1, de Bottesini, compositor italiano cujos 200 anos de nascimento estamos celebrando. Neste momento, vamos ter a participação do nosso principal contrabaixista, Neto Belotto, músico de extraordinário talento, grande virtuose, que vai realmente mostrar a qualidade dos componentes da orquestra não somente como músicos profissionais que são mas também como solistas. E para encerrar o programa, a Sinfonia nº 5 de Beethoven, talvez a mais popular do repertório sinfônico, cheia de dramas e com otimismo final, que evoca esse positivismo que todos temos que ter neste momento", diz, referindo-se aos tempos de pandemia.
É, pois, com espírito renovado e muitos projetos para este ano que a Filarmônica adentra o palco de seu ninho, obviamente cumprindo o protocolo de segurança preconizado pelas autoridades sanitárias. Sendo assim, a presença do público será limitada a, no máximo, 393 pessoas por apresentação, o que corresponde a cerca de 26% da capacidade total do espaço (1.493 lugares). Além disso, o público terá sua temperatura medida antes do acesso e, claro, será obrigatório o uso de máscara por todo o período de permanência ali. O concerto desta quinta-feira terá transmissão ao vivo aberta a todo o público pelo canal da Filarmônica no YouTube.
"Todo início de temporada é realmente um momento bastante estimulante para os músicos e o público, porque é o ponto de partida de uma jornada na qual todos vamos nos encontrar por mais um ano - portanto, tem um caráter simbólico muito especial", admite Mechetti. "E este ano especial devido à situação da pandemia que infelizmente ainda nos assola de uma maneira muito triste, esse início pretende levar ainda mais um senso de afago que a música em geral propicia para as pessoas", enfatiza ele, acrescentando que o papel que entende caber à Orquestra neste momento, além do tradicional ("de apresentar música de qualidade, de contribuir com a cultura da sociedade"), passa a ser relevante no sentido de levar uma luz às pessoas. "De mostrar que aquilo que de maravilhoso foi feito há centenas de anos ainda reverbera a esperança que temos nos próximos 100 anos, naquilo que a gente pode - como indivíduo, humanidade, sociedade - criar e passar de um para o outro".
Da parte dos assinantes da Filarmônica, a expectativa não é menor. Caso de Angela Maria Chaves Coutinho, que se apresenta como uma entusiasta do trabalho da orquestra. "Faço parte de um grupo de assinantes, somos 18, e posso dizer que para mim é um privilégio, um prazer e uma alegria participar das apresentações. Também gosto de assistir às palestras e a outros projetos, como o 'Fora de Série'. Espero que esse ano seja melhor que o ano passado, quando infelizmente só consegui assistir (presencialmente) aos concertos no início do ano e no fim - e graças a Deus tive a coragem de ir (na flexibilização). Mas sabemos que está tudo muito bem preparado, sem perigo. Da minha parte, chamo as pessoas e insisto".
Durante as apresentações, haverá um intervalo de 20 minutos, quando serão realizados os Concertos Comentados, palestras em que especialistas comentam o repertório da noite. A curadoria do projeto é de Werner Silveira, percussionista da Filarmônica, e o convidado dos concertos desta quinta e da sexta é Valdir Claudino, contrabaixista e professor da Escola da Música da Universidade do Estado de Minas Gerais. Claudino foi instrumentista da Filarmônica.
Solista
Mechetti lembra que Neto Belloto, solista da noite, está com a Filarmônica há nada menos que dez anos. "Entrou como contrabaixista de seção, depois mais tarde ele mostrou toda sua qualidade e hoje é nosso principal titular do instrumento, embora muito jovem. Uma pessoa que amadureceu muito nesses anos todos, mostrando profissionalismo e engajamento, além de interesse. Sem dúvida alguma, um dos maiores talentos do contrabaixo que já vi aqui, no Brasil. Acho que é um momento importante de valorizar este trabalho que ele vem fazendo, apresentando-o como solista neste concerto de abertura.
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Série Allegro
4 de março – 20h30
Sala Minas Gerais
Série Vivace
5 de março – 20h30
Sala Minas Gerais
Fabio Mechetti, regente
Neto Bellotto, contrabaixo
Programa:
Schubert
Rosamunda: Abertura, D. 644
Bottesini
Concerto para contrabaixo nº 1 em fá sustenido menor
Beethoven
Sinfonia nº 5 em dó menor, op. 67
Ingressos
R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 60 (Balcão Palco), R$ 80 (Balcão Lateral), R$ 105 (Plateia Central), R$ 135 (Balcão Principal) e R$ 155 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Funcionamento da bilheteria:
Bilheteria da Sala Minas Gerais
Terça a sábado – 13h a 19h
Terça, quinta e sexta-feira com concerto – 15h a 21h
Cartões e vale aceitos:
Cartões das bandeiras American Express, Elo, Hipercard, Mastercard e Visa.
Vale-cultura das bandeiras Ticket e Sodexo.
Sala Minas Gerais (rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto).