Finais de temporada

Com o fim de 'Game of Thrones' neste domingo, o clima é de saudade

De Lost a Breaking Bad: confira algumas séries com desfechos que deram o que falar

Por Etienne Jacintho
Publicado em 19 de maio de 2019 | 03:00
 
 
 
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É hoje o dia tão aguardado pelos fãs de “Game of Thrones”. Após oito anos e 73 primorosos episódios, a saga chega ao fim, com a audiência dividida. Alguns fãs estão gostando dos rumos dos personagens, enquanto outros pedem para que toda a temporada final seja refeita. Não é fácil satisfazer o público quando se tem nas mãos uma trama cheia de mistérios, profecias e referências místicas e históricas.

“Lost”, “The 4400”, “Fringe” e “Arquivo X” dividiram opiniões. Lá nos anos 90, “Twin Peaks” deixou o espectador sem entender se o agente Cooper tinha sido ou não possuído pelo demônio Bob. Foi somente em 2017, com a sequência da série, que os fãs tiveram certeza sobre o que aconteceu.

Os dramas também sofrem para agradar a todos. “Breaking Bad” deu um fim digno ao anti-herói. Já em “Sopranos”, o público não entendeu o destino do chefão. Quando os protagonistas não têm sua redenção no fim – como em “Mad Men” ou “Seinfeld” –, os fãs também ficam chateados. Confira alguns finais de série que deram o que falar.

"The Sopranos"

O maior terror dos fãs de “GoT” é acabar como “The Sopranos” (1999- 2007). Considerada uma das maiores séries de todos os tempos, o drama da HBO abriu caminho para que grandes atores, roteiristas e diretores fossem para a TV, diminuindo a distância entre a telinha e a tela grande. Porém, seu fim deixou os fãs enfurecidos. Quando o destino de Tony Soprano (James Gandolfini) estava prestes a ser revelado, a tela ficou escura. Como todo o episódio final é narrado sob o ponto de vista do protagonista, o mais provável é que essa escuridão seja a morte. Tony já havia dito na série que “quando você morre, você nem percebe”.

"Lost"

Quando os primeiros mistérios começaram a aparecer em “Lost” (2004-2010), as mais mirabolantes teorias tomaram conta da internet. Os criadores J.J. Abrams e Damon Lindelof entregaram aos fãs uma série lotada de referências filosóficas, místicas e literárias. Ao longo das seis temporadas, os criadores negaram as teorias de que a ilha ou a realidade paralela seriam uma espécie de purgatório e os personagens estariam mortos. Pois a série acabou e ninguém entendeu muito bem. Até hoje há teorias conflitantes sobre o fim que envolvem espiritismo e viagem no tempo. Porém, há quem acredite que sim, eles estavam mortos ou, ao menos, no limbo.

"Seinfeld"

Ao som de Green Day, Jerry, George, Elaine e Kramer se despediram dos fãs com um episódio que teve 76 milhões de espectadores nos EUA. “Seinfeld” (1989-1998), a genial série sobre o nada teve seu fim com um enredo bem politicamente incorreto, mas sem muita graça. O desfecho decepcionou os fãs que aguardavam pelas últimas piadas. Talvez na intenção de criar um capítulo emotivo, os roteiristas tenham errado a dosagem dos ingredientes. A trama foi bem “Seinfeld”, com os amigos presos após filmarem um assalto. Em vez de ajudarem a vítima, eles se divertem e, por isso, são detidos. Alguns apostavam na redenção dos protagonistas que, com a prisão, se tornariam pessoas melhores. Só que não! 

"Friends"

Mobilizações em bares e confraternizações entre amigos marcaram o fim de “Friends” (1994-2004) no Brasil, em um clima de união que deve se repetir no desfecho de “GoT”. O final de “Friends” foi visto por 52,5 milhões de pessoas nos EUA e deixou os fãs felizes. Mais fácil satisfazer o fã de uma sitcom, a exemplo de “The Big Bang Theory”, cujo final foi ao ar sexta-feira nos EUA (com exibição aqui no dia 2 de junho). Em ambas as séries, tudo sai bem. “Friends” teve declaração de amor, bebês, alegria. Ross, Rachel, Chandler, Monica, Phoebe e Joey ganharam um fim à altura das expectativas dos fãs. Todo mundo ficou feliz dentro e fora da tela! Ops, caiu uma lágrima...

"Breaking Bad"

Walter White é um dos maiores anti-heróis da atualidade: um pacato professor de química com câncer terminal que virou produtor de metanfetamina por necessidade de ter dinheiro e, no fim, acabou gostando da nova profissão. “Breaking Bad” (2008-2013) trouxe aos fãs um final bem ao gosto do freguês, com um banho de sangue e uma ótima atuação de Bryan Cranston. Há quem tenha ficado triste com o fim bastante dramático do personagem, mas não havia outro caminho para White. Com inteligência, o professor encara pela última vez o mundo do crime e consegue deixar sua família com dinheiro e livre da polícia. No laboratório, sobe a música “Baby Blue”, da banda Badfinger, que fala: “Eu acho que tive o que mereci”. Soco no estômago do espectador. “Breaking Bad” foi sucesso de público e de crítica do início ao fim.

"Sex and the City"

Mr. Big ou Baryshnikov? Ao longo de suas cinco temporadas, “Sex and the City” (2004-2008) mostrou as aventuras amorosas de Carrie Bradshaw em busca de seu príncipe encantado. Nesta procura, um homem sempre esteve presente: Mr. Big. Neste conto de fadas moderno, Carrie e suas amigas Samantha, Miranda e Charlotte beijaram muitos sapos. Mr. Big era um deles. Então, para as fãs mais feministas, a série terminou mal. Afinal, Carrie vai a Paris, desfila um figurino incrível de deixar qualquer princesa no chinelo e troca Mikhail Baryshnikov por Mr. Big? Além dos vestidos lindos escolhidos pela figurinista Patricia Field para o desfecho, a única coisa que acalmou o coração da audiência foi descobrir, enfim, que o nome de Mr. Big era... John. Fim bobinho demais para uma série protagonizada por mulheres empoderadas. 

 

 

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