‘Os Exterminadores do Além’

Comédia e terror em filme ‘trash’

Loira do Banheiro move o novo filme de Danilo Gentili e Fabrício Bittar

Por Etienne Jacintho
Publicado em 29 de novembro de 2018 | 03:00
 
 
 
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Há alguns anos, Danilo Gentili pensou em um filme sobre a lenda da Loira do Banheiro. Quando terminou “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola”, ele apresentou o projeto para o diretor Fabrício Bittar, e eles decidiram estender a parceria e realizar mais um longa juntos. Assim nascia “Os Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro”, que estreia hoje nos cinemas.

“O argumento estava pronto, então fomos criando novas cenas”, conta Bittar. “Depois todo mundo participou, incluindo com piadas.” Por todo mundo, Bittar refere-se aos humoristas Léo Lins, Murilo Couto e Dani Calabresa, que encabeçam o elenco com Gentili.

O filme acompanha uma noite na vida de youtubers falidos que fazem vídeos toscos como caçadores de fantasmas. Um dia, porém, o diretor de uma escola os convoca para produzir fake news, pois corre boato de que um aluno teve uma convulsão e entrou em coma após evocar a tal Loira. O diretor quer que eles finjam ter solucionado o caso.

Palco armado, o quarteto entra na escola, e coisas estranhas, que envolvem muito sangue, começam a acontecer. “Acho que batemos o recorde nacional de sangue em cena e, provavelmente, estamos no top 10 mundial”, brinca Léo Lins. Ele diz que testaram três fórmulas diferentes até acertarem a consistência. “Uma delas tingiu o cabelo do Sikêra Júnior, e ele foi gravar com o cabelo rosa”, diverte-se Lins. O jornalista sensacionalista interpreta o diretor Nogueira. Além de Sikêra, outro nome deixa clara a intenção trash do filme: Ratinho está irreconhecível como o açougueiro proprietário do QG dos exterminadores.

A proposta trash seria melhor aproveitada se o filme não abusasse tanto das piadas fáceis recheadas de machismo e palavrões. Apesar disso, há momentos que fazem o público rir e até tomar susto.

Lins conta que foi somente na pré-estreia que o elenco viu o resultado final do filme. Ele estava apreensivo. “Tive medo que nossa atuação tivesse estragado o filme”, diz. “Mas vimos que teve piada que funcionou bem e outras que não renderam”. Para o humorista, eles cumpriram a missão de entregar ao público comédia e terror. “Posso dizer que na hora de fazer comédia, nossa atuação foi um terror e, na hora de fazer terror, nossa atuação foi uma comédia”, brinca.

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