Prêmio BDMG Instrumental

Incentivo para a música autoral

Realizada no último fim de semana, condecoração elegeu quatro instrumentistas vencedores

Por Laura Maria
Publicado em 02 de maio de 2017 | 03:00
 
 
 
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“Um start na minha carreira de músico autoral”. É assim que o pianista Deangelo Silva, um dos quatro ganhadores da 17ª edição do Prêmio BDMG Instrumental, define o que a condecoração representa em sua trajetória como músico. Depois de anos trabalhando como arranjador, o mineiro diz que agora passa a estar no “front-end” de sua carreira.

A premiação, que chegou ao fim no último domingo, ainda elegeu os instrumentistas Renato Saldanha (violonista), William Alves (trompetista) e Eduardo Sueitt (baterista) como vencedores. O prêmio tem por objetivo condecorar músicos mineiros ou pelo menos residentes no Estado há mais de dois anos com o valor de R$ 10 mil, além de patrocinar shows dos artistas ganhadores, que serão realizados entre agosto e novembro deste ano em Belo Horizonte, no CCBB, e no programa Instrumental Sesc Brasil, em São Paulo.

Para conquistar o título, 12 instrumentistas se apresentaram no Teatro Sesiminas, em Belo Horizonte, com composições próprias e também com novos arranjos para músicas de outros artistas. Silva tocou as autorais “Bahia”, “São Paulo” e “Maracatu Papai”; Saldanha se apresentou com as autorais “Voo Livre”, “Valsa pra Luiza” e “A Lua e Eu”; Eduardo Sueitt tirou na bateria “Sameplace”, “Caminhando” e “Baião de Matuto”; e William Alves tocou as autorais “O Agente”, “Serenata” e “Confiança”.

Os músicos passaram pela sabatina de uma comissão julgadora composta por 11 pessoas, dentre eles o pianista Amilton Godoy. De acordo com Saldanha, passar pela avaliação de um “júri tão capacitado” foi muito importante. “A gente começa a acreditar que a nossa música tem força própria”, avalia.

Investimento. Saldanha e Silva afirmam que vão usar o prêmio no valor de R$ 10 mil para investir na gravação de discos autorias. “Não vou precisar gastar com nada”, afirma Silva.

Saldanha, por sua vez, comenta que dividirá parte do prêmio com sua banda e que o restante será aplicado na gravação do álbum. “Quero fazer uma produção bem feita. Tenho mais de 40 músicas para serem gravadas, é uma demanda interna muito latente”, afirma.

Baterista da cidade de Andradas, no Sul de Minas, Eduardo Sueitt afirma que ainda não sabe o que fazer, pois “tudo é muito novo” e ainda esta digerindo. Alves também está em dúvida sobre o que fazer com o dinheiro, mas avalia que o prêmio “é uma grande impulsionamento para a música autoral”. 

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