Mostra

Rampa realiza mostra final na Gruta com apresentações cênico-musicais

Projeto foi idealizado por Marcelo Veronez e também teve Claudia Manzo e Luísa Bahia como professoras

Por Raphael Vidigal
Publicado em 04 de agosto de 2019 | 03:00
 
 
 
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“Balaio de Gato” é o nome do álbum de 1992 no qual o cantor mineiro Alexandre Az, nascido em Ponte Nova, gravou a canção “Alô de Londres”. Considerada “icônica e especial” por Marcelo Veronez, 38, ela “reflete o que temos vivido hoje”, afirma o artista. “O meu povo colorido é assim/ Leva o samba até o fim/ Disfarçado de feliz/ Faz de conta que é Carnaval”, dizem alguns de seus versos. 

A canção foi novamente levada ao convívio de Veronez graças à percussionista Danuza Menezes, uma das participantes do projeto Rampa, cuja mostra final acontece neste domingo (4) e segunda (5), na Gruta. “Com a música sugerida pela Danuza, conseguimos realizar uma cena muito emocionante”, conta Veronez, idealizador da iniciativa que, ao longo de 32 encontros, propôs um diálogo entre música e teatro, com “imersões provocativas”. 

“As pessoas identificavam uma carga performática nos meus espetáculos e, por conta das minhas origens no teatro, fui sendo levado para a direção de shows de vários amigos e pessoas queridas”, informa. Ao detectar essa “demanda da cidade”, o cantor resolveu investir na empreitada e logo convidou para o escopo de professores as compositoras Claudia Manzo e Luísa Bahia. 

“Foi uma experiência de troca, recebemos pessoas com formação em design, som, redes sociais, contação de histórias e cultura popular, todos assuntos que atravessam a música e a teatralidade”, exalta Veronez, que traz no currículo trabalhos com Déa Trancoso, Nath Rodrigues e as bandas Dolores 602 e Lamparina & a Primavera. 

Para ele, “um dos grandes baratos” do Rampa foi ter proporcionado o nascimento de uma parceria inédita entre os compositores Chaya Vazquez, Gustavo Djalva e Sidarta Riani. “O espírito é justamente esse, de levar um crescimento para a cena como um todo. Queremos contaminar as pessoas com a arte. Já injetamos o vírus e agora vamos ver como ele se espalha”, declara. O batismo da “cria” carregou essa mesma perspectiva. “A ideia de ‘Rampa’ é de algo que vem na horizontal e ganha um impulso”, resume o artista. 

O intérprete também não esconde que, a depender dele, essa história está só começando. “Eu sempre quis que houvesse uma segunda edição, mas ainda não sei em qual formato, talvez uma oficina ou um curso menor. Estamos satisfeitos porque todos os participantes têm demonstrado esse interesse”, finaliza. 

Serviço. Mostra final do projeto Rampa, neste domingo (4) e segunda (5), às 20h, na Gruta (rua Pitangui, 3.313, Horto). Entrada franca, sujeita à lotação da casa. Mais informações no link: www.instagram.com/treinamentorampa

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