Dois anos após ser acusado de má conduta sexual, o cantor mineiro Gustavo Amaral, o Gustavito, obteve, na Justiça, uma retratação judicial, em audiência realizada na última segunda-feira (2) na 5ª Vara Criminal no Fórum de Belo Horizonte.
Na retratação Marlla Antonine que o acusou, pede desculpas pelos danos causados ao artista. Leia o depoimento:
"Eu, Marlla Antonine (vulgo Lírio), declaro que em relação aos acontecimentos , após me relacionar com Gustavo Amaral Almeida, fui mal orientada e induzida por terceiros a produzir divulgação dos fatos nas redes sociais. Dessa forma, setores da sociedade, movimentos sociais e imprensa interpretaram relatos erroneamente, atribuindo conduta criminosa (estupro de vulnerável, transmissão de HPV) aos fatos e dando repercussão do caso. Assim, peço desculpas públicas a Gustavo, pois, apesar de não ter sido a minha intenção, reconheço os danos causados injustamente à pessoa do querelante (Gustavo Amaral)".
Entenda o caso
Com o codinome Lírio, a jovem tinha acusado, pelas redes sociais, o músico de tê-la dopado, estuprado e passado uma doença sexualmente transmissível. Um inquérito policial chegou a ser instaurado na época, mas foi arquivado por falta de coesão na palavra da mulher.
A jovem nunca entrou com ação na Justiça, mas o músico entrou com uma ação criminal contra ela por calúnia. "Esse fato prejudicou a minha carreira, tive show cancelados e foi um grande trauma. Abalou meu psicológico, sofri um linchamento virtual e ameaças", contou Gustavito.
Após exames laboratoriais foi confirmado que o músico não tinha doença sexualmente transmissível.
"Com tantos crimes praticados contra mulheres e tanta luta a ser feita, fui vítima de uma mentira lançada contra mim por uma mulher, algo que prejudica a causa feminista. Acredito que a luta por respeito e igualdade das mulheres deva ser apoiada por todos", escreveu Gustavito em seu Facebook.
Veja o pedido de desculpas na íntegra: