Lançamento

O escritor e jornalista Carlos Barroso apresenta o e-book "41Poemas Contra"

Miniantologia reúne poemas visuais&verbais, vídeo-poemas, registros de instalações e objetos de exposições das quais ele participou recentemente

Por Patrícia Cassese
Publicado em 11 de julho de 2020 | 03:00
 
 
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No início, a ideia era escrever, durante esta pandemia, uma miniantologia, que se chamaria "19 Poemas contra Covid-19". Mas o escritor, artista e jornalista mineiro Carlos Barroso resolveu incluir, no trabalho, alguns vídeo-poemas e registros de exposições de arte contemporânea. E, assim, veio à luz  "41 Poemas Contra" (Edições CemFlores),  que será lançado neste sábado, no site da Germina Literatura & Arte - https://www.germinaliteratura.com.br - e nas redes sociais dele (Facebook e Instagram).
 
"O livro reúne poemas verbais e visuais, três vídeo-poemas, registros de instalações, objetos e outros trabalhos de arte contemporânea selecionados de exposições que participei recentemente", conta ele, revelando que foram escolhidos trabalhos que perpassam toda a sua trajetória na poesia e na arte, a partir do período de fundação da revista de poesia "CemFlores", em 1978, ao lado dos poetas Marcelo Dolabela (falecido precocemente em janeiro, aos 62 anos), Luciano Cortez e Avanilton de Aguilar. Publicação que hoje, lembra ele, é objeto de teses de de mestrado e doutorado em universidades como a UFMG. O critério para definição, diz Barroso, foi ter um apanhado do que provocou maior impacto em referência a publicações que fez, "principalmente livros-objeto, e também em mostras de arte".
 
Barroso esquiva-se de destacar um dos trabalhos em particular. "Gosto de tudo, como um pai gosta de todas as crias", defende. No entanto, ele acaba falando sobre o vídeo-poema "Arco de Drummond", feito a partir de poema visual de mesmo nome,  e que mostra o poeta subindo no arco do Viaduto da Santa Tereza, com a sua autocaricatura. "Como ele fazia quando era adolescente em Belo Horizonte, para mostrar coragem". Barroso conta que é meio que uma tentativa de fazer do viaduto um marco turístico em homenagem a Drummond, como ocorre em outros países, onde os locais nos quais um grande autor ou um artista tomou café ou fez uma refeição, para citar alguns exemplos, vira ponto de referência. Como acontece em Buenos Aires, com Jorge Luiz Borges, ou em Lisboa, com Fernando Pessoa.
 
Outro trabalho sobre o qual ele se debruça é "pequenino". "Que é quase um haicai, e fala de amor". O poema foi publicado originalmente no jornal "Letras", do espaço Café com Letras, e no livro-objeto "Sãos".
 
A miniantologia foi pensada, elaborada e concluída totalmente nesse período de isolamento e distanciamento em que Barroso vive. "Me refiro ao distanciamento físico, mas não de ideias e parcerias, como essa com a Germina Literatura & Arte, e outras em antologias e livros virtuais que estão sendo elaborados". No entanto, ele lamenta que vários projetos que elaborou para 2020, "já definidos, e até marcados", tenham sido adiados "devido a esse caos". É o caso, exemplifica, de duas e exposições individuais de arte contemporânea - uma, que seria apresentada em um espaço no Campus da UFMG, e, outra, no saguão da Assembleia Legislativa de Minas (no qual foi escolhido em edital). "Também foi adiado (como tudo o mais, não-se-sabe-para-quando) o lançamento, físico, e não virtual, de um livro de poesia, que já tenho concluído", narra.

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