A Prefeitura de Belo Horizonte alterou a portaria que dispõe sobre protocolos específicos de vigilância em saúde para teatro, shows e espetáculos com público presencial. Com a nova decisão, divulgada na noite da última sexta-feira (30) e publicada no Diário Oficial do Município no dia seguinte, não será mais exigido que o público apresente testes com resultado negativo para a Covid-19, ficando valendo essa condição apenas para jogos de futebol profissional em BH e eventos sociais.
A regra entrou em vigor a partir desta segunda (2). Ainda na sexta, representantes do setor cultural e de eventos enviaram uma carta à PBH. O documento pedia que o poder público reconsiderasse o decreto e criticava a exigência da testagem, “completamente desproporcional e inviável para a continuidade das atividades dos teatros em Belo Horizonte”.
Assinaram a carta o Fórum das Casas de Espetáculos de Belo Horizonte (Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte, Centro Cultural Sesiminas, Centro Cultural Unimed BH - Minas (Minas Tênis Clube), Cine Theatro Brasil Vallourec, Instituto Cultural 3 Filarmônica - Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Palácio das Artes, Serraria Souza Pinto, Teatro Feluma, Teatro Nossa Senhora das Dores e Teatro Santo Agostinho), o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão do Estado de Minas Gerais (Sated-MG), o Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais (Sinparc-MG), a Associação Mineira de Eventos e Entretenimento (AMEE) e a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape).
A eliminação da exigência foi comemorada entre os trabalhadores da cultura. “Foi um alívio, um alento, porque chegamos a pensar que não íamos mais poder abrir teatro nemfazer espetáculo. Com essa exigência da testagem para o público, estaríamos colocando uma carga imensa nas costas do espectador, ele teria que comprar o ingresso e fazer o teste, ficaria muito caro e as pessoas iam desistir”, pondera a atriz e presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão do Estado de Minas Gerais (Sated-MG), Magdalena Rodrigues.
“Quero deixar claro que não estamos nos furtando de atender as determinações sanitárias. Os teatros, por exemplo, oferecem todos os itens de proteção. Agradecemos à prefeitura a providência imediata à reação dos meios artísticos e culturais da cidade”, completa Magdalena.