Música

Renato Teixeira e Oswaldo Montenegro fazem show em BH

Dupla sobe ao palco do Palácio das Artes neste domingo (30) com o show A Emoção de um Encontro

Por Daniel Barbosa
Publicado em 28 de junho de 2019 | 13:00
 
 
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Renato Teixeira é um artista que gosta de cultivar parcerias. Já rodou o Brasil e lançou registros com Almir Sater e Sérgio Reis, por exemplo. No caso desses artistas, são universos musicais com afinidades mais evidentes. Mas agora Teixeira emplacou uma nova parceria, com Oswaldo Montenegro, cuja obra, a princípio, parece não ter muito a ver com seu cancioneiro. No entanto, o êxito do show “A Emoção de um Encontro”, que estreou em fevereiro deste ano, no Rio de Janeiro, e chega agora a Belo Horizonte, em única apresentação, neste domingo (30), no Grande Teatro do Palácio das Artes, é prova de que o diálogo musical entre os dois flui harmoniosamente.

“Realmente, parece não ter muita identidade, a música do Oswaldo é mais carioca, mas o ponto em comum é que somos ‘baladeiros’, gostamos de fazer baladas. Um canta a música do outro como se fosse sua própria”, diz Teixeira, ressaltando que conheceu o menestrel – como Montenegro é comumente identificado – nos anos 70 e que são, portanto, “velhos amigos”. “Há muitos anos que a gente tem a ideia de fazer uma coisa juntos. Temos as agendas organizadas pelo mesmo escritório, e agora foi possível realizar esse projeto”, destaca.

O repertório da apresentação alinhava composições de um e de outro artista – como “Amanheceu, Peguei a Viola”, “Amora” e “Tocando em Frente”, de Teixeira, “Bandolins”, “Estrelas” e “Lua e Flor”, de Montenegro – e também temas alheios, como “Sinal Fechado”, de Paulinho da Viola, que abre o show. “Entrou no repertório, primeiro, porque é uma delícia cantar ‘Sinal Fechado’, e, segundo, porque tem o ‘quanto tempo, pois é, quanto tempo’ da letra, no sentido de que esse é um show que a gente já pensava em fazer há muito tempo”, justifica Teixeira.

O autor de “Romaria” – também no roteiro da apresentação – diz que Montenegro foi o responsável por montar todo o show, o que inclui a seleção das músicas, e que isso se justifica pela experiência do parceiro na direção de espetáculos cênicos.

“Falei para ele: ‘Monta o show, cuida de tudo’. A única coisa que eu botei foi o nome, ‘A Emoção do Encontro’, porque tem um ingrediente afetivo grande nisso aí. Oswaldo é um grande diretor de teatro, então montou o show todinho e, quanto mais a gente se apresenta, mais vejo o quanto tudo foi acertado. Compreendo muito a cabeça dele, e ele a minha”, afirma.

Teixeira diz que também foi de Montenegro a “exigência” de que o espaço para abrigar a apresentação em Belo Horizonte fosse o Palácio das Artes, onde seria – e talvez ainda seja – registrado o show para posterior lançamento em DVD. “Esses shows que faço com Sérgio Reis, Almir Sater ou com o Oswaldo são mais para multidões, espaços abertos, mas ele exigiu que, em BH, nos apresentássemos no Palácio das Artes, que é um lugar que ele tem como um templo. Íamos gravar o show lá, para lançar em DVD, mas, por uma mudança do diretor que ia fazer esse registro, não vai dar para ser agora. De qualquer forma, talvez a gente volte a BH com essa finalidade”, diz Teixeira, que celebra o sucesso da turnê. “Em Salvador, os ingressos se esgotaram com três meses de antecedência”, diz. Para o show deste domingo, no Palácio das Artes, os ingressos também estão esgotados.

AGENDA

SHOW "A EMOÇÃO DE UM ENCONTRO", DE RENATO TEIXEIRA E OSWALDO MONTENEGRO, DOMINGO (30), NO GRANDE TEATRO DO PALÁCIO DAS ARTES (AV. AFONSO PENA, 1.537, CENTRO). INGRESSOS ESGOTADOS

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