A produção de ovos no Brasil deve atingir 3,94 bilhões de dúzias em 2025, número que representa um crescimento de 3,4% em relação ao ano passado. Os dados são de um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/UPS), que mostra ainda que esse avanço é mais “modesto” em relação a 2024, quando cresceu 10,5%.
Conforme o Cepea, o avanço é positivo para o consumidor, pois, se o setor continuar expandindo além da capacidade de absorção do mercado doméstico, os valores dos ovos podem seguir a mesma tendência de queda observada em 2024.
Ainda de acordo com o Cepea, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), projeta que as exportações de ovos alcancem 22 mil toneladas em 2025, um aumento de 10% em relação às expectativas para 2024. Até o momento, o Brasil não registrou casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves de produção comercial. “Com isso, o país mantém seu status de livre da doença, o que o torna uma fonte segura para atender à crescente demanda internacional, especialmente em um contexto em que o vírus foi registrado em diversos países ao longo de 2024”, diz o Cepea.
Em relação ao consumo nacional, a ABPA estima que, em 2024, o Brasil alcançará pela primeira vez na história a marca de 263 unidades por pessoa, 21 unidades a mais que em 2023. Para 2025, espera-se que o consumo cresça 1% em relação ao ano anterior, alcançando 265 unidades por habitante.
Para André Carvalho, diretor de Marketing e Inovação da Mantiqueira Brasil, o mercado de ovos deve continuar em expansão. “Avaliamos esse crescimento como um indicador positivo e alinhado às tendências de mercado, onde os consumidores têm valorizado o ovo como uma proteína completa, acessível e versátil”, diz. “A produção de ovos cresceu 4,46% ao ano no Brasil nos últimos dez anos, segundo dados da ABPA, e acreditamos que seguiremos nesse ritmo nos próximos anos”, avalia.
O diretor pontua que questões como automatização das unidades produtivas, com investimentos em tecnologias avançadas, são tendências nesse mercado. “Esses equipamentos garantem biosseguridade e asseguram que o consumidor seja o primeiro a manusear os ovos”, diz. “Além disso, a logística é outro pilar estratégico. Investimos em soluções que aumentam a eficiência operacional, mantendo a qualidade e o frescor dos ovos até o consumidor final”, conclui.