Economia em crise

Aéreas querem reduzir jornada e salários e aguardam socorro de R$ 5 bilhões

Reunião em Brasília entre os ministérios da Economia, da Infraestrutura e do Turismo, pode resultar no anúncio de medidas para evitar um colapso econômico no setor aéreo

Por Aline Reskalla
Publicado em 16 de março de 2020 | 15:48
 
 
 
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Uma reunião que acontece na tarde desta segunda-feira, em Brasília, entre os ministérios da Economia, da Infraestrutura e do Turismo, pode resultar no anúncio de medidas para evitar um colapso econômico no setor aéreo, um dos  mais atingidos pela pandemia de coronavírus.  Ontem, foi a União Europeia que pediu o fechamento de suas fronteiras por 30 dias.

Entre as companhias, a expectativa de que sejam anunciados pelo menos R$ 5 bilhões em crédito para enfrentar a quase completa paralisação das viagens. As empresas também  pedem uma espécie de moratória de 60 dias para o pagamento de dívidas, além da devolução dos valores pagos pelos clientes em 12 meses, e não em 30 dias, como determinam os órgãos de defesa do consumidor.

Em nota divulgada nesta segunda-feira, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informa que as suas associadas já registram, em média, queda de 30% na demanda por voos domésticos e redução de 50% nas viagens internacionais, em relação ao mesmo período do ano passado.

Na nota, a Abear destaca que esse sistema que identifica o ritmo de comercialização de bilhetes aéreos é utilizado em todo o mundo, o mesmo que tem feito companhias estrangeiras e nacionais anunciarem suspensão de voos, entre outras medidas.

Na Europa, a associação Airline for Europe (A4E), que reúne as principais aéreas da região,  reivindicou publicamente nesta segunda-feira a isenção de todos os impostos da aviação e o atraso na implantação de novos impostos.

A empresas também pedem a revisão imediata do regulamento de direito dos consumidores, diante dos crescentes casos de reembolso que, segundo setor, têm derrubado a receita para capital de giro das aéreas.

 

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