Quantcast
O Tempo
O Tempo Sports O TEMPO SPORTS
FM OTempo FM OTEMPO
O Tempo Betim O TEMPO BETIM
Super Notícia SUPER NOTÍCIA
Política POLÍTICA
Cidades CIDADES
Entretenimento ENTRETENIMENTO
Últimas notícias ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Atualidades Atualidades
  • Economia
  • Brasil
  • Mundo
Brasília Brasília
  • Últimas
Opinião Opinião
  • Editorial
  • Últimas
Mais Conteúdo Mais Conteúdo
  • Yanomami
  • Estamos sem obras
  • Olhares Diversos
  • A Revolução do Trânsito
  • O Abismo da Educação
  • Tá Tudo Bem?
  • Adoção tardia
Especiais Especiais
  • Plantão 24 horas
  • Rotas da mobilidade
  • Brasília 63 anos
  • Indigenas de Minas Vozes e Faces
  • 100 dias de Lula
  • O custo da injustiça
Previsão do Tempo Previsão do Tempo
  • Belo Horizonte
  • Contagem
  • Betim
  • Nova Lima
  • Cidades de MG
  • Todos os Estados
Anuncie Anuncie
  • Classificados
Newsletter Newsletter
  • Newsletter
Canal O Tempo Canal O Tempo
Autotempo Autotempo
Turismo Turismo
Interessa Interessa
Acervo 25 anos Acervo 25 anos
Publicidade Legal Publicidade Legal
  • ASSINE
  • EXPEDIENTE
  • TERMOS DE USO
  • POLÍTICA DE PRIVACIDADE
  • POLÍTICA DE COOKIES
  • PROTEÇÃO DE DADOS
  • ANUNCIE
  • TRABALHE CONOSCO
© 1996 - 2023 | Sempre Editora
Informações e logo da rádio

Ouça a rádio

O TEMPO Sports

Logo do Portal O TEMPO Logo branco do Portal O TEMPO
Logo do Portal O TEMPO Logo branco do Portal O TEMPO
Logo do Portal O TEMPO Logo branco do Portal O TEMPO
ENTRAR
Logo do Portal O TEMPO Logo branco do Portal O TEMPO
  • Newsletters exclusivas para cadastrados
  • Salvar notícias para ler depois
  • Participar de discussões nos artigos
  • Receber notificação das principais noticias do dia
  • Clube o Tempo de descontos em farmácias, supermercados e lojas online.
  • Matérias premium dos principais colunistas do Brasil
  • Todas as edições do jornal O Tempo e Super Notícia
siga o tempo nas redes sociais
  • ÚLTIMAS
  • CIDADES
  • ESPORTE
  • POLÍTICA
  • ENTRETENIMENTO
  • BRASÍLIA
  • ECONOMIA
  • CANAL O TEMPO
  • PODCASTS
  • CLASSIFICADOS
  • PROMOÇÕES
  1. Portal O Tempo
  2. Economia
  3. Artigo
20 de novembro

Black money: mulheres negras de BH empreendem, empregam e fortalecem comunidade

Negros são a maioria dos empreendedores em Minas e no país, mas ganham em média 32% menos que os brancos, segundo um estudo do Sebrae

Por Shirley Pacelli Publicado em 20 de novembro de 2023 | 09h00 - Atualizado em 21 de novembro de 2023 | 15h02
whatsapp

Clique e participe do nosso canal no WhatsApp

Participe do canal de O TEMPO no WhatsApp e receba as notícias do dia direto no seu celular

“Se a benção vem a mim, reparto… Tudo o que nós têm é nós”. Os versos de Emicida em "Principia" falam de afeto e amor, mas também do senso de comunidade, ou melhor, de ubuntu, a filosofia africana que diz que "eu sou, porque somos". Negros são a maioria dos empreendedores de Minas e donos da maioria dos pequenos negócios no país, mas eles ganham em média 32% menos que os brancos. No caso das mulheres negras a diferença é ainda maior (veja abaixo).

Os dados, divulgados neste ano pelo Sebrae, escancaram a realidade de um país desigual. No combate do racismo estrutural, que provoca tanta dor e impõe barreiras à esta parcela da população, vem ganhando força no Brasil o movimento black money (dinheiro negro, em inglês), que propõe a compra em negócios liderados por pessoas negras.

No início do mês, no dia 2, foi inaugurada no bairro Lagoinha, na região Noroeste de BH, a Aquilombar, casa de cultura e eventos que na sua origem já se propõe a ser um “rolé” feito por pessoas negras para pessoas negras. À frente da casa está a influenciadora social Fatini Forbeck, de 32 anos, em sociedade com a publicitária e produtora Nathalia Trajano. 

Forbeck começou na produção cultural ainda com 15 anos, mas seu trabalho ganhou notoriedade com o Samba das Pretas, com protagonismo feminino, que ajudou a idealizar em 2019, e de onde despontou a sambista de sucesso Adriana Araújo.

“A Aquilombar nasce da necessidade da minha produtora ter um espaço para receber eventos grandes. Hoje um aluguel gira em torno de R$ 12 mil a R$ 20 mil. Como você consegue lucrar assim?”, pondera a empreendedora. O empreendimento dela ocupa hoje um espaço de 750 m² e tem capacidade para 750 pessoas, mas na inauguração cerca de 1.500 pessoas passaram pela casa. 

Forbeck é uma das mais de 500 mil empreendedoras negras de Minas que defendem o movimento black money para a autonomia e emancipação financeira da comunidade. “Se a sociedade não nos reconhecer para corpos que fazem outras coisas para além de estar atrás de um balcão, vamos fazer que aconteça entre nós. Compro dos meus, vendo para todos. A Aquilombar não segrega, mas deixa negritado que o protagonismo das pessoas pretas é primordial. O que fazem no discurso, para nós é vivência”, defende Forbeck. 

Na casa, há 60 pessoas empregadas, sendo a equipe majoritariamente negra e feminina. O espaço não é ocupado por eles somente em atendimento, recepção e bar. As empreendedoras têm o cuidado de chamar artistas negros para a apresentação e comprar de fornecedores pretos. Ritmos que vêm da periferia, como samba, funk, pagodão e black music são celebrados na Aquilombar em festas residentes. 

Além disso, a casa vai desenvolver por mês dois eventos gratuitos para garantir a acessibilidade da vizinhança e uma feira que reunirá produtores e empreendedores locais. Bate-papos e oficinas abertos ao público também já começaram a ser realizados. “Essas formações que fazemos são gratuitas e abertas pra comunidade pra falar de outras pautas além das culturais. Trouxemos a economista Gabriela Chaves, que tem um trampo forte de ensinar educação financeira através de letra de rap. Vai ter oficinas de técnicas de som, luz, audiovisual, conteúdo audiovisual mobile. Aquilombar é um verbo, convida as pessoas para se unir e fortalecer”, explica Forbeck. 

Segundo a empreendedora, para além de suprir um déficit de capacitação da comunidade negra, essas oficinas dão opções de remuneração ao apresentar outros ofícios e formas de gerar renda. “A gente não tem preguiça de trabalhar, faz o que precisa ser feito para se manter e se manter bem. Não é só grana para gente. É para ajudar pai, mãe, irmão…”, diz Forbeck.

A casa só tem três semanas, mas a empreendedora já tem a intenção de ampliar o espaço e se tornar referência em BH. “E pagar o investimento que é o mais importante”, brinca Forbeck, que levou anos para levantar o montante, que preferiu não informar à reportagem de O Tempo. 

Raio-X do empreendedorismo no Brasil:

Donos de negócios

  • Negros: 15,6 milhões (52%)
  • Brancos: 13,9 milhões (46%)
  • Outros: 400 mil (1,33%)

Média de ganhos

  • Homem branco: R$ 3.231
  • Mulher branca: R$ 2.706
  • Homem negro: R$ 2.188
  • Mulher negra: R$ 1.852

Fonte: Dados divulgados em fevereiro pelo Sebrae a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, relativa ao segundo trimestre de 2022. Informações: datasebrae.com.br

Feira Mercado Negro é realizada no Teatro Espanca desde 2018

Feira Mercado Negro no Teatro Espanca. Foto: João Pedro Duarte/Divulgação

Há cinco anos, feira Mercado negro potencializa negócios afro

Em 2018, nasceu no Teatro Espanca, na região conhecida como baixo centro de BH, a feira Mercado Negro, que reúne mensalmente empreendedores pretos de diversas áreas: de cosméticos, roupas e acessórios até à gastronomia e artes visuais. “Nasceu muito do desejo de encontro da Kelma Zenaide, especializada em gastronomia afro-brasileira, que conversou sobre a possibilidade de um mercado só para negros”, conta Suellen Sampaio, coordenadora do espaço cultural ao lado de Alexandre de Sena. 

Cerca de 50 edições já foram realizadas, sendo a última em 10 de novembro, com uma média de público de 200 a 300 pessoas. O grupo de empreendedores conta com 50 pessoas e a cada feira, entre 16 e 18 marcas expõe, chegando ao número de 25, no máximo. No começo, o próprio grupo contribuía com pequenas quantias para a manutenção do espaço, mas hoje o projeto foi contemplado em leis de incentivo à cultura. 

A coordenadora do Espanca não consegue estimar quanto a feira movimenta em valores, porque há dias bons e outros nem tanto... Mas a partir da feira, muitos empreendedores fazem vendas online, networking, dão entrevistas, participam de eventos grandes, como o Festival de Arte Negra (FAN) e até se sentem seguros para abrir o próprio ponto físico, como a Kelma Zenaide, que vai inaugurar nos próximos dias seu restaurante. “O maior potencial é nosso afeto, encontro e cuidado. A gente se identifica; não puxa o tapete, o estende para voar junto”, afirma Sampaio. 

Além dos expositores, em sua maioria mulheres, a feira conta com uma atração musical e uma palestra formativa com temas sugeridos pelos próprios empreendedores, como marketing, expansão de negócios e gestão financeira. Pós-feira, o público acaba se dirigindo ao 2BlackBeer, cervejaria na região liderada também por um homem negro. 

“Há um déficit geral quando se fala sobre feiras. Não costuma-se encontrar muitas pessoas pretas. O black money, mais que importante, é uma necessidade de ter a circulação desse dinheiro entre pessoas pretas, de se investir nos próprios negócios”, explica  Sampaio.

A próxima edição do Mercado Negro, no Teatro Espanca (Rua Aarão Reis, 542, Centro, BH), está marcada para o dia 8 de dezembro, às 17h. 

Saiba como praticar e fortalecer o black money

“Não empreendi por dom, foi porque eu precisava de dinheiro”. A frase é de Kelly Baptista, de 39 anos, que tinha acabado de pedir demissão de uma organização social, quando veio a pandemia e acabou empreendendo como consultora e palestrante.

Trabalhando há 22 anos no terceiro setor, ela hoje é diretora da Fundação 1bi e em outubro entrou para a LinkedIn Top Voices Empreendedorismo. A entidade ajuda pequenas organizações sociais, muitas vezes grupos periféricos sem nenhuma formalização, a pensar em seus negócios por meio da formação em tecnologia. “Hoje, 80% do nosso público são mulheres que fizeram do espaço de casa uma ONG, que vendem alguma forma de artesanato ou captam recursos fazendo bazares”, detalha. 

Segundo Baptista, é importante deixar claro que a maioria da população negra empreende por necessidade. “Vende de manhã para jantar. Não podemos romantizar isso. Mas se começou a empreender e tomou gosto, que se profissionalize”, destaca.

Recentemente, viralizou no LinkedIn um artigo de Kelly com dicas para praticar o black money no dia a dia. O primeiro ponto, para ela, é se educar sobre a importância de ser apoio em sua comunidade. “Procure consumidor de empreendedores negros. Se tem rede social, somos todos influencers, promova quem fez seu cabelo, sua maquiagem...”, detalha. 

Para que a economia gire, ela também costuma indicar outras palestrantes negros nos eventos que faz e sempre pergunta sobre quem são fornecedores e equipe de quem está por trás da iniciativa. “Tem espaço para todo mundo. Precisamos nos formar e se fortalecer”, diz. 

 

Tópicos relacionados

  • Dia da Consciência Negra
  • Black money
Faça login para deixar seu comentário ENTRAR
Logo o Tempo
Política de Cookies

O portal O Tempo, utiliza cookies para armazenar ou recolher informações no seu navegador. A informação normalmente não o identifica diretamente, mas pode dar-lhe uma experiência web mais personalizada. Uma vez que respeitamos o seu direito à privacidade, pode optar por não permitir alguns tipos de cookies. Para mais informações, revise nossa Política de Cookies.

Definir cookies
+ - Cookies obrigatórios - Sempre Ativos

Cookies operacionais/técnicos: São usados para tornar a navegação no site possível, são essenciais e possibilitam a oferta de funcionalidades básicas.

+ - Cookies analíticos

Eles ajudam a registrar como as pessoas usam o nosso site, para que possamos melhorá-lo no futuro. Por exemplo, eles nos dizem quais são as páginas mais populares e como as pessoas navegam pelo nosso site. Usamos cookies analíticos próprios e também do Google Analytics para coletar dados agregados sobre o uso do site.

+ - Cookies de publicidade

Os cookies comportamentais e de marketing ajudam a entender seus interesses baseados em como você navega em nosso site. Esses cookies podem ser ativados tanto no nosso website quanto nas plataformas dos nossos parceiros de publicidade, como Facebook, Google e LinkedIn.

Configurações de Cookies

Olá leitor, o portal O Tempo utiliza cookies para otimizar e aprimorar sua navegação no site. Todos os cookies, exceto os estritamente necessários, necessitam de seu consentimento para serem executados. Para saber mais acesse a nossa Política de Privacidade.

Cookies
Log View
siga o tempo nas redes sociais
Assine
.
expediente
.
termos de uso
.
política de privacidade
.
política de cookies
.
proteção de dados
.
Anuncie
.
trabalhe conosco

Baixe nosso app

Imagem da Google Play
Imagem da App Store
Logo do Portal O TEMPO Logo branco do Portal O TEMPO

© 1996 - 2023 | Sempre Editora