Belo Horizonte sediou ontem a última etapa do 17º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, evento que reuniu 1.792 amostras das quatro regiões produtoras de café do Estado. A final reuniu 40 diferentes produtos, e os ganhadores serão conhecidos em 9 de dezembro.
Todos os finalistas receberam nota acima de 84 pontos (de um total de 100), dentro da metodologia da Associação de Cafés Especiais (SCA), que avalia aroma, sabor, acidez, corpo, doçura e outros. Os vencedores terão um lote da produção adquirida pela rede Verdemar, que há dois anos lança uma linha especial com os cafés ganhadores.
O Coordenador de Cafeicultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Bernardino Cangussu, destacou a importância do evento. “Minas Gerais é o maior Estado produtor do mundo, fornecendo 70% do café arábica comercializado no Brasil. Temos aqui joias raras, que precisam ser descobertas e mostradas para o país e para o mundo. Isso agrega valor ao nosso café”, explica ele.
É o caso do produtor Alessandro Marques de Miranda, de Nova Resende, no Sul de Minas. Vencedor do prêmio Tazza Dourada de melhor fair trade ano passado, ele chega a vender as sacas de 60 quilos do grão, que custam R$ 590 na média, por até R$ 2.400. “Esses concursos nos valorizam quando temos bons produtos”, conclui.