Alta

Conta de boteco fica 5,6% mais cara entre janeiro e dezembro em BH

Em média, uma mesa com quatro pessoas gasta cerca de R$ 42,60 com cerveja e petiscos. Pesquisa feita pelo Mercado Mineiro mostra que bebida ficou abaixo do IPCA

Por Lucas Negrisoli
Publicado em 09 de dezembro de 2019 | 21:26
 
 
 
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Beber uma cervejinha com os amigos, ou curtir um happy hour com os colegas de trabalho está, em média, 5,6% mais caro em dezembro do que estava em janeiro deste ano em Belo Horizonte.

Considerando que, durante a confraternização, quatro pessoas peçam cinco cervejas, uma porção de batata frita e outra de picanha, o preço médio pago, para cada um, pulou de R$ 40,60 para R$ 42,60.

As porções, em geral encareceram 6% nos bares. No entanto a cerveja ficou 1,6% mais cara na cidade, abaixo do IPCA de BH, que mede a inflação geral na cidade. As informações são do site Mercado Mineiro divulgado ontem. 

Considerando a inflação de BH, apresentado mensalmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Ipead) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o preço do happy hour ficou 1,5 ponto percentual acima da média para o município, de 4,10% acumulados entre janeiro e novembro.

No mesmo período, o preço de bebidas em restaurantes avançou 7,74%, e, o de alimentação, em 1,78%. 

Contudo, escolhendo bem a região e os bares, é possível economizar dinheiro sem desmarcar o encontro com os amigos.

Um dos principais balizadores do preço nos botecos em Belo Horizonte, segundo o Mercado Mineiro, é a localização e a estrutura.

Para se ter ideia, considerando os preços de dezembro e a mesma conta para quatro pessoas, o valor pago por pessoa varia em entre R$ 22,40 e R$ 73,40.

A bebida com maior variação de preço em BH é a caipivodka, que pode ser encontrada em bares por valores entre R$ 9,50 e R$ 23,80 – o que representa uma diferença de 150%.

Nas comidas, a picanha na brasa foi a campeã na disparidade de preço, variando entre R$ 39,90 a R$ 170 na cidade, com 326% de diferença no mesmo produto.

Causas

Carne, energia elétrica e gás de cozinha foram os principais culpados pela alta, diz Feliciano Abreu, coordenador do Mercado Mineiro.

“Mas é gritante o quando se pode economizar consumindo exatamente os mesmos produtos em diferentes estabelecimentos. Cerveja é cerveja em qualquer lugar, mas se está gelada ou não, há diferença. Fatores como o ambiente, o atendimento, e coisas nesse sentido afetam também os preços”, analisa.

“Antes, eu tomava duas cervejas e uma pinguinha. Hoje, tomo duas pingas e uma cervejinha"

Para o aposentado Silvio Loureiro, a saída foi flexibilizar. “Diminuí na cerveja e aumentei na pinga. Você pagava R$ 1 em um pedacinho de carne, agora estão cobrando R$ 4. Ainda diminuiu de tamanho”, diz Loureiro.

Já para o representante comercial, Adelmo Vieira, está mais difícil manter o consumo no bar. “Antigamente a gente bebia muito mais tranquilo”, comenta Vieira.

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