Contra racismo, grupo Boticário deixará de usar termo 'Black Friday'

Faltando cerca de dois meses para uma das datas mais esperadas pelo comércio, o CEO do Grupo Boticário, Artur Grynbaum, veio a público informar que a empresa não usará mais a expressão "Black Friday". Segundo ele, a decisão do grupo é pautada pela ausência de dados que comprovem que o termo não está ligado à escravidão.

"A dois meses da 'Black Friday' – um dos períodos mais relevantes do ano para o varejo e a data mais importante para o comércio eletrônico em todo o mundo, nos deparamos com um incômodo recorrente: há anos conversamos sobre a possível origem do termo “Black Friday”, sobre a ausência de dados científicos que comprovem que ele realmente não se relaciona à questão da escravatura. Então, respeitando os movimentos que sentem desconforto com o termo, decidimos parar de refletir e começar a agir - não teremos mais o termo Black Friday no Grupo Boticário. Precisamos de algo maior e essa transformação deve começar por nós. Esse movimento emergiu nas equipes do Grupo Boticário, a discussão ganhou força e esse é o resultado", escreveu Grynbaum (leia na íntegra aqui).

O Grupo Boticário deve usar o termo "Beauty Week" para a temporada de descontos, que ocorre em 27 de novembro neste ano. Grynbaum ponderou que a empresa, que engloba outras marcas, como Eudora e Vult, sabe que pode perder com isso, mas optou por seguir o projeto. "Naturalmente há riscos de perdas para o negócio, há pouco tempo para adaptarmos a estratégia e estamos comprometidos em seguir atendendo as necessidades dos nossos consumidores da melhor forma, mas decidimos assumir: melhor que esperar a perfeição, é construir juntos aquilo em que acreditamos", escreveu.