As contratações temporárias para o comércio varejista no fim do ano são sempre uma oportunidade de renda e de inserção definitiva no mercado de trabalho. Uma pesquisa feita pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), com 286 empresários da cidade, mostra que a expectativa deles é efetivar seis de cada dez (60%) contratações temporárias. A possibilidade de efetivação na capital mineira está acima da média nacional.
Segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), aproximadamente quatro em cada dez empresários (38,7%) pretendem efetivar ao menos um dos funcionários temporários.
De acordo com o presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, essa possibilidade de efetivação está diretamente ligada à confiança do varejo, que já se mostrou mais otimista com o segundo semestre. “As datas comemorativas como Black Friday e Natal prometem aquecer as vendas e, consequentemente, aumentar a necessidade por mão de obra. Fora esse período, o comércio vem retomando sua rotina, a flexibilização das atividades na cidade estão proporcionando um aumento na geração de empregos”, avalia.
Em Minas Gerais, o comércio varejista deve contratar 15 mil trabalhadores temporários em 2021, um crescimento de 87,5% em relação ao ano passado, quando foram gerados 8 mil postos de trabalho, segundo dados da Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG).
Principais vagas – A pesquisa da CDL-BH mostra ainda que os cargos para vendedor devem ser responsáveis por 83,3% das vagas temporárias na capital. Em seguida aparecem caixa com 22%; estoquista (16,7%); atendente (11,1%) e repositor (5,6%).
Cerca de 17,1% dos lojistas da capital devem contratar temporários para as datas comemorativas e 70,4% dos entrevistados afirmaram que vão contratar até dois funcionários temporários. Esse índice segue a média nacional, onde 60% pretende fazer a contratação da mesma quantidade de profissionais.
Entre as principais dificuldades apresentadas pelos empresários para contratação temporária estão a falta de capacitação (16,7%) e falta de profissionalismo e responsabilidade (16,7%). A ausência de mão de obra qualificada também é uma barreira para 8% dos lojistas do país, segundo a CNDL.