Pegando como exemplo medidas semelhantes às que foram adotadas em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e até em cidades como Barcelona, Paris e Nova York, o coordenador do curso de turismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Alexandre Augusto Biz, não acredita que as propostas do prefeito de Guarapari sirvam para “elitizar” a cidade.
“Em Camboriú, a entrada dos ônibus na cidade é controlada e fiscalizada, e qualquer quantidade de alimentação e bebidas consideradas anormais para a viagem é apreendida para que os gastos se pulverizem na cidade”, explica o especialista.
Ele afirma que, com a entrada de sites de aluguéis para temporada, a rede hoteleira se sentiu prejudicada. “Por isso, foi criada uma legislação para que o morador que deseja alugar seu espaço pague uma tributação”, afirma.
Biz acredita que a criação dessas regras é necessária para trazer benefícios para a economia e a segurança da cidade.
“A praia é um bem público, não pode ser pedagiada, mas a grande demanda de usuários que vão para passar uma temporada acaba utilizando a infraestrutura do município, e muitos sofrem com a escassez de água. O impacto negativo recai sob o setor público por não ter controlado a situação”.