A MRV teve sorte? Sem sorte não se vai a lugar nenhum. Sorte é fundamental. Teve no Google, na Apple e na MRV. Não é a sorte mítica, tem que trabalhar muito. Tem que estar no lugar certo, na hora certa, e tem vários componentes fora do seu alcance.

Um em cada 300 brasileiros mora em uma casa da MRV? Sim. Em Belo Horizonte, um em cada 26. Em Uberlândia, um em cada 20. Na Via Expressa (em BH) tem um conjunto onde estão 8.000 pessoas.

E o perfil do cliente da MRV? Nosso cliente nasceu há 25 anos. Nosso público é muito jovem com o primeiro apartamento. Tem muito solteiro, gente com poucos filhos, o novo consumidor é o nosso. Por isso, nosso mercado é muito sustentável. Ninguém quer morar em casa, se tem dinheiro, compra um apartamento.

Você vai continuar investindo no Minha Casa, Minha Vida? Sem dúvida, é o nosso segmento. Basicamente, nós estamos da faixa 2 à faixa 3 do programa que é de três a dez salários mínimos.

O que representou o IPO (oferta inicial de ações) para a empresa? Foi um negócio sensacional. Hoje, nós temos 6.000 acionistas, 6.000 donos para prestar conta. O IPO colocou a gente em um outro patamar. A gente não consegue fazer nada sem investimento, e com o IPO colocamos mais R$ 2 bilhões na empresa, mudou a nossa história. É preciso uma quantidade de dinheiro para fazer 40 mil unidades. (HL)