A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, disse que um sucesso maior do que o registrado nesta segund-afeira, 21, no leilão de Libra "é difícil de imaginar".
"O que aconteceu foi um sucesso absoluto que terá como resultado para o governo brasileiro um montante de R$ 1 trilhão ao longo do período de concessão", disse. Magda ressaltou que as cinco empresas que fazem parte do consórcio vencedor estão entre as maiores do mundo.
O único representante da chinesa CNOOC no leilão, Xei Ming, deixou o local sem falar com a imprensa alegando ter restrições da área de Relações com Investidores da petroleira. Ming, que chegou no domingo da China, preferiu não revelar o cargo que ocupa na CNOOC.
Já o presidente da Shell Brasil, André Araújo, disse estar "bem satisfeito" com a aquisição de participação na área de Libra. O executivo disse ser uma grande área e que a Shell poderá contribuir com o consórcio com sua experiência na exploração em águas profundas. Conforme Araújo, a ideia de parceria já estava em gestação "há algum tempo".
Nada muda
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que o resultado do leilão de Libra é um bom começo para os próximos leilões de áreas do pré-sal no Brasil. Ele destacou a solidez das empresas que participaram do único consórcio que apresentou proposta na licitação.
Segundo Lobão, o resultado sem ágio não trouxe frustração para o governo, que irá receber um bônus de assinatura de R$ 15 bilhões pela área de Libra.
Rede nacional
A presidente Dilma Rousseff informou, na tarde desta segunda-feira, 21, por meio do seu microblog Twitter, que terminou de gravar pronunciamento sobre o resultado do leilão do Campo de Libra. O pronunciamento vai ao ar à noite em rede nacional de rádio e TV. "Terminei agora de gravar pronunciamento sobre o resultado do leilão de Libra. Vai ao ar hoje à noite em rede nacional de rádio e TV", postou a presidente.
A área de Libra foi arrematada nesta segunda por consórcio formado pela Petrobras, as chinesas CNOOC e CNPC, a francesa Total e a anglo-holandesa Shell, com uma proposta de pagamento de 41,65% do lucro em óleo para a União, igual ao porcentual mínimo exigido no edital.
Atualizada às 17:07