R$ 0,08 em média

Petrobras reajusta diesel mesmo com recorde na produção de petróleo

Combustível mais caro do país sairá de Uberaba, a R$ 2,176 por litro do S500

Por Da redação
Publicado em 02 de julho de 2019 | 16:15
 
 
 
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A produção de petróleo e gás natural do Brasil bateu recorde em maio, informou nesta terça-feira (2) a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), superando a melhor marca até então, que havia sido alcançada em dezembro de 2016.

Em maio, a produção atingiu 3,473 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), contra 3,433 milhões de boe/d há cerca de três anos.

Levando em conta só o petróleo, a produção alcançou 2,731 milhões de barris por dia, também superando o recorde anterior, de dezembro de 2016. Comparado a abril, o volume produzido subiu 4,9%.

Nem com essa produção histórica, porém, a Petrobras segura os preços dos derivados do petróleo. Entrou em vigor nesta terça-feira (2) um novo reajuste no preço do óleo diesel nas refinarias da estatal.

O reajuste médio foi de R$ 0,0810, de R$ 2,0664 para R$ 2,1474. Já o valor da gasolina não sofreu revisão. O aumento foi divulgado no site da Petrobras, onde a empresa detalha as mudanças nos principais pontos de entrega às distribuidoras.

O litro do diesel mais caro sairá de Uberaba, no Triângulo Mineiro, a R$ 2,1764 o S500, mais poluente, e a R$ 2,2211 o S10, produzido com menos enxofre. Em contrapartida, o combustível mais barato será vendido em Itacoatiara (AM), a R$ 1,9406, no caso do S500, e em Ipojuca (PE), a R$ 1,9602, no caso do S10.

A política de preços da Petrobras é influenciada, no dia a dia, por outros fatores – e não a produção. A empresa, que mudou sua forma de fazer reajustes no último dia 13, tem afirmado que sua política é alinhada ao mercado internacional, acompanhando fatores como os valores do barril do petróleo Brent, referência global, e a taxa de câmbio.

Pré-sal

A produção de gás natural foi de 118 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), superando o recorde anterior de 117 milhões de m³ por dia registrado em outubro de 2018.

Em relação ao mês anterior o crescimento foi de 4,4% e de 5,4% em relação a maio de 2018.

A produção foi puxada pelo alto desempenho do pré-sal brasileiro, explorado pela Petrobras e por parceiras, que já representa 60,7% da produção da commodity no país.

Além do aumento da produção da estatal, de 2,437 milhões de b/d em abril para 2,548 milhões de b/d em maio, a Equinor, segunda maior produtora, também teve acréscimo, de 53,2 mil b/d para 65,4 mil b/d. A terceira colocada Shell, de 36,9 mil b/d para 41,3 b/d na mesma comparação.

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