De janeiro a agosto de 2023, as vendas no comércio de varejo em Belo Horizonte cresceram 0,84%. O dado é de um levantamento realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). Esse é um dos setores que apontam para uma recuperação da forte crise sanitária e financeira que abalou todo o mundo nos últimos anos.
Somam-se ao desempenho varejista a redução da inadimplência, que desde junho vem desacelerando, e a recuperação de crédito de empresas e consumidores. “Esse desempenho é resultado do controle da inflação, do aumento da renda disponível e da contínua geração de empregos. Além disso, a liderança de Minas Gerais nas atividades turísticas do país, com efetiva participação da capital, também contribuiu para o crescimento do setor de comércio e serviços”, analisa o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
No acumulado do ano, os segmentos do varejo que mais se destacaram foram:
- Drogarias e Cosméticos (4,58%)
- Supermercados (2,99%)
- Veículos e Peças (1,98%)
- Artigos Diversos - brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, bicicletas e instrumentos musicais (1,46%)
Na variação mensal, de julho a agosto de 2023, o varejo de Belo Horizonte performou acima do país e do estado. Neste período, a capital avançou 1,03% e o Brasil recuou 0,2%. Já Minas Gerais cresceu 0,6%. Neste período, os segmentos com melhor performance foram Supermercados (7,03%), Drogarias e Cosméticos (5,11%) e Veículos e Peças (3,76%).
Consumidores com nome limpo
De acordo com a CDL, o crescimento estável do varejo é reflexo também do aumento do número de consumidores que têm deixado o cadastro de negativados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O indicador está positivo desde junho e, em setembro, o número de pessoas que regularizaram seus débitos cresceu 2,16% em comparação ao mesmo período de 2022.
“A melhora do mercado de trabalho e o programa Desenrola Brasil têm permitido que as pessoas honrem seus compromissos financeiros. A tendência para essa reta final do ano, com o pagamento do 13º salário, é que mais pessoas limpem o nome e recuperem o poder de compra, especialmente no crédito”, explica Souza e Silva.
A CDL/BH também analisou o comportamento das empresas da capital em relação ao pagamento de contas em atraso. Os dados mostram que, na variação anual, o número de empresas que deixaram o cadastro de negativadas cresceu 12,24%. Em relação à quantidade de dívidas pagas pelas pessoas jurídicas da cidade, houve um crescimento de 13,1% em setembro.