Entrevista

Vivo investe em fibra ótica de última geração em Minas Gerais

Mineiro, de Raul Soares, Renato Gomes, 52, está no setor de telecomunicações desde 1999

Por Helenice Laguardia
Publicado em 25 de abril de 2019 | 03:00
 
 
 
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Renato Gomes

Diretor da Vivo em Minas Gerais

Mineiro, de Raul Soares, Renato Gomes, 52, está no setor de telecomunicações desde 1999, quando entrou na Telemig Celular. Desde 2012 é diretor da Vivo em Minas Gerais. Em visita ao jornal O TEMPO e à rádio Super 91,7 FM, ele fala sobre os investimentos em Minas.

Com 853 municípios no Estado, qual é a presença da Vivo em Minas Gerais?

A Vivo tem uma história com Minas Gerais, somos oriundos da Telemig Celular, e estamos presentes com a tecnologia móvel em 822 municípios, todas com no mínimo 3G. Temos mais de 450 municípios com a tecnologia 4,5G. Temos um grande diferencial, que é a cobertura rural, são mais de 1.100 distritos que também levamos cobertura. Isso foi possível através de uma parceria com o governo do Estado de Minas Gerais, da qual tivemos a iniciativa de participar e ganhamos essa concorrência. No nosso entendimento, foi uma decisão acertada porque, com isso, a gente promove e desenvolve economicamente essas comunidades.

Quais são os investimentos da Vivo em Minas Gerais, que é o segundo mercado da operadora no Brasil?

A empresa tem um compromisso de investimento, são mais de R$ 8 bilhões por ano numa dimensão nacional. Continuamos investindo na sobreposição das tecnologias na nossa rede móvel e na ampliação, mas, principalmente, investimos e direcionamos recursos para a construção de uma rede de fibra ótica de última geração. Essa é uma tecnologia que complementa a tecnologia móvel. Leva ultra banda larga, que hoje ainda tem uma penetração no Estado muito baixa, apenas 7% dos domicílios de Minas têm acesso à ultra banda larga. Então, queremos ampliar isso através da fibra. Hoje, estamos em 14 municípios do Estado, mas com a previsão de ampliação forte para os próximos anos.

O investimento é muito alto?

São investimentos altos porque realmente é uma tecnologia importante, é o que tem de melhor no mundo hoje e nessas últimas cidades que lançamos foram mais de R$ 126 milhões investidos para levar essa tecnologia para cidades do interior de Minas Gerais e para ampliar nossa cobertura em Belo Horizonte. A gente já tinha uma rede FTTC, e passamos a ser rede FTTH, que é a fibra até a casa do cliente, e o que a gente vem fazendo é uma sobreposição dessa tecnologia anterior para essa tecnologia nova. Então, hoje já estamos em vários bairros de BH com uma cobertura bastante ampla e temos a possibilidade de ter uma oferta integrada para nossos clientes – móvel e fixa.

A pessoa vai poder ter o telefone fixo e a internet em casa, além do celular, num pacote que facilita a vida de todos?

São serviços complementares e, quanto mais serviços o cliente tem, mais benefícios vem junto com esse pacote. E temos uma tecnologia bastante interessante, que é o IPTV, que é levar o sinal de televisão através da fibra ótica. Isso é o que tem de mais moderno e gera experiência boa para o consumidor, tanto de ter uma programação real time, então não tem delay da transmissão ao vivo, e tem também interatividade com grande volume de conteúdos que pode fazer on demand, na hora que tem necessidade, na hora em que quer assistir.

A fibra ótica da Vivo está em 14 municípios e agora chega a Barbacena e Uberaba. A intenção é estar em todas as regiões de Minas?

Exatamente, e temos um plano de expansão importante para os próximos anos e queremos estar presente em muitas cidades, além das duas que você citou, que já estão previstas para os próximos meses.

No panorama de reclamações 2018 da Anatel, na tabela de telefonia celular pós-paga, a Vivo teve uma queda de mais de 30% no volume de reclamações, de 298.585 para 207.169 reclamações. É muito ainda, mas o que a operadora está fazendo para diminuir esse volume?

Esse é um desafio diário. Os volumes são altos, mas é sempre bom relativizar. Hoje temos 80 milhões de clientes no Brasil, e em Minas Gerais são 8,6 milhões de clientes. Os números acabam sendo significativos em cima de uma base que é muito grande. Mas nos interessa uma reclamação, qualquer que seja, estamos muito atentos a atender isso. Temos diversas iniciativas. Criamos, dentro do comitê de direção da empresa, um comitê que faz uma análise dos principais problemas e uma autocrítica visando uma evolução dos nossos processos, dos nossos sistemas, dos nossos produtos. Prometeu, cumpriu, esse é o nosso lema. Todos os nossos serviços e produtos estão cada vez mais simples para que a gente evite divergências de informação. Temos uma série de iniciativas utilizando tecnologias de inteligência artificial que facilitam o contato do cliente. É muito difícil numa empresa das dimensões da Vivo ter a assertividade, o canal certo para reclamar. Através dessa tecnologia da inteligência artificial, conseguimos direcionar melhor o cliente e resolver o problema no primeiro contato para evitar questões em que (o cliente) fala com um (atendente), passa para outro e passa para outro. Mesmo nos casos em que isso aconteça, o que estamos buscando e desenvolvendo nos nossos processos é para que haja uma sequência, para que não tenhamos que repetir tudo novamente a cada vez que chama. Posso citar também o Meu Vivo, que é um aplicativo que todo cliente pode ter no próprio smart-phone com facilidades e funções no qual o cliente – sem precisar se deslocar, sem precisar ligar para uma central de atendimento – resolve uma série de questões.

A Vivo tem um mercado de quase 9 milhões de clientes em Minas Gerais e, para atingir mais gente, tem feito iniciativas como abrir lojas físicas. O que mais a operadora tem feito para ganhar mais mercado num momento de economia desaquecida e num momento de vendas em baixa de celulares?

É um mercado duro, supercompetitivo, mas acreditamos na experiência do cliente. Temos em Minas Gerais mais de 250 lojas; dessas, 25 são operadas pela Vivo, e as demais, por parceiros. Nosso foco é transformar cada uma dessas lojas em pontos de experiência que complementem todos os outros canais de contato com os clientes. Temos lojas com padrões supermodernos e atuais. Acabamos de lançar uma loja icônica no Diamond Mall, em Belo Horizonte. É uma loja que tem um work place, que (a pessoa) pode utilizar independentemente de ser cliente da Vivo ou não. Queremos, com isso, gerar experiência, fazer com que o cliente entre na loja e se sinta bem, se sinta à vontade para experimentar serviços e produtos e resolver o que precisar.

A Vivo passou a fazer parte do Fórum de Empresas e Direitos LGBT+. O que isso significa numa empresa com 34 mil funcionários?

O LGBT+ é só uma das iniciativas que temos. Acreditamos muito na diversidade. A diversidade nos representa nesses 34 mil funcionários, e ela nos representa nesses 80 milhões de clientes que temos no Brasil. É muito importante que a gente tenha o LGBT+, que a gente entenda esse público, que a gente atenda as necessidades desse público, mas também estamos preocupados com outras frentes de diversidade, como raça, como idade, com pessoas com algum tipo de limitação. Acabamos de fazer uma parceria com o Instituto Mano Down, que é um instituto muito sério, que faz um trabalho brilhante, e trouxemos para trabalhar em uma das nossas lojas uma colega que está indo muito bem. Queremos representar e estar representados por todas as pessoas, independentemente do que elas acreditam.

Qual é a avaliação que a Vivo faz do governo Bolsonaro e do governo Zema em Minas Gerais?

Somos muito otimistas. Entendemos que nossos produtos e serviços são essenciais. Entendemos que a prestação de um bom serviço de conexão ajuda no desenvolvimento do país, ajuda no desenvolvimento de Minas Gerais, ajuda as pessoas a terem acesso a mais educação, ajuda as pessoas a terem acesso a mais segurança. Somos parceiros e estamos convictos e acreditamos numa retomada do crescimento econômico e social do país. Então, tudo o que pudermos fazer para apoiar qualquer governo, independentemente de partido político, nós estaremos fazendo.

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