Dados da Justiça Eleitoral mostram que Minas Gerais tinha, até julho do ano passado, quase 1,7 milhão de pessoas filiadas a partidos políticos. O número se mostra estável em relação aos últimos dois pleitos, apesar de estar em queda. Cerca de 66,5% das pessoas tem mais de 10 anos de filiação, enquanto 10% entraram nos quadros das legendas há menos de um ano. Os dados apontam que 57% dos filiados são homens e a faixa etária mais frequente nos quadros dos partidos é de 45 a 59 anos.
Em números gerais, o MDB é a sigla com o maior número de filiados no Estado, com 188.364. No outro lado do ranking está o PSC, com sete filiados, mas a legenda foi incorporada ao Podemos em 2023. Das legendas ativas, o PCB é que tem o menor quadro, com 409 membros.
Apesar de ter o maior quadro partidário, o MDB foi o segundo partido em número de candidaturas no Estado, com 5.689 postulantes a prefeitos, vice-prefeito e vereadores. O presidente estadual do MDB em Minas Gerais, deputado federal Newton Cardoso Jr., espera sair vitorioso do pleito. “Pretendemos ser o partido com maior número de prefeitos e prefeitas, vereadores e vereadoras ao final das eleições”, projetou.
Sobre o fato de ser a legenda com o maior número de filiados, o emedebista disse que o partido é histórico e está bastante presente na discussão municipalista em todo o Estado. “Temos a característica de estar presente na maior parte dos municípios, prezamos pela organização descentralizada, distribuída em diretórios municipais autônomos, independentes, e com poder de decisão pleno. Esse grande número de filiados mostra que as pessoas confiam no MDB”, declarou.
Apesar de ser a 11ª sigla em número de filiados, o PSD foi quem lançou mais candidatos nas eleições municipais deste ano em Minas Gerais. O presidente estadual da sigla, deputado estadual Cássio Soares, entende que isso reflete o envolvimento maior interno, com filiados comprometidos com a política. “Nós conseguimos esse resultado bom com a mobilização dos deputados estaduais, federais, do senador Rodrigo Pacheco, do ministro Alexandre Silveira, para que os filiados pudessem atuar como candidatos nessa campanha. O PSD dá conforto para que a atuação política local seja respeitada, temos um Estado diverso, dependendo da região, o partido tem alinhamento maior com campo de direita, de esquerda, ou de centro. Por ser uma legenda de centro, isso favorece o conforto dos candidatos a atuarem pelo PSD”, disse. A projeção é de que o PSD consiga cerca de 150 prefeituras.
Em todo o Estado, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) é o que menos vai aparecer nas urnas em 6 de outubro. A legenda lançou apenas quatro candidatos. Em seguida está o Partido da Causa Operário (PCO), com uma dezena de candidatos.