Finalizando a série de sabatinas com candidatos a vice-prefeito de Belo Horizonte nas eleições de 2024, O TEMPO entrevistou Francisco Foureaux (PDT), nesta terça-feira (17 de setembro). Professor de história e mestre em administração pela UFMG, ele é candidato a vice-prefeito na chapa com a deputada federal Duda Salabert (PDT)

Veja cinco frases de Francisco Foureaux durante a sabatina da FM O TEMPO 91,7. A entrevista, transmitida pela rádio e pelo YouTube de O TEMPO, está disponível ao fim da matéria.

“Há 30, 20 anos e até dez anos atrás, tinha gente que chamava a gente de maluco” 

Questionado sobre políticas ambientais, Francisco Foureaux (PDT) destacou que ele e Duda sempre foram ambientalistas e relembrou que, antigamente, eram vistos como alarmistas. Ele destacou que, entre seus planos para evitar enchentes, está o destamponamento dos córregos e rios de Belo Horizonte, permitindo que a água siga seu curso natural. 

“Belo Horizonte chegou a ter uma dos piores das piores qualidades do ar há duas semanas, entre as quatro piores do mundo e aqui no Brasil, ficou atrás só de São Paulo. [...] Nós somos a única candidatura que de fato trata a questão climática e tem na nossa candidatura, como sabem bem disso. Sobre o destamponamento dos córregos, são obras e caras, são obras que vão gerar um transtorno e por isso têm que ser muito conversadas com a população, com os comerciantes do entorno. Essas obras, elas não podem acontecer da noite para o dia, elas não podem ser feitas de maneira irresponsável”.

“Aquela pessoa que está ‘eu vou fazer o voto útil’vai votar na Duda”

Enquanto respondia sobre propostas de governo, Francisco Foureaux falou sobre o voto útil dos eleitores de esquerda e centro-esquerda que queiram evitar um segundo turno com dois candidatos de direita. Além de destacar que acredita que Duda vai receber esse voto e chegar o segundo turno, ele alegou que o plano d e governo de Mauro Tramonte e Fuad Noman são iguais e disse que ambos seriam de direita.

“Se for Fuad e Tramonte é o mesmo projeto, nós é que vamos ser um projeto de fato para cidade do futuro. [...] O Tramonte fica falando que ele é de centro, ele é o pior político típico brasileiro. Ele é do centrão, essa direita fisiológica que fica encastelada há décadas e sugando dinheiro público. E o Tramonte tem o Zema com pezinho lá, que é a Luísa Barreto. Chega a ser até engraçado o Tramonte falando que é do centro. O Fuad pelo menos se assume de direita. E outra, o Tramonte é um cara que não vai trabalhar, ele não aparece lá na Assembleia Legislativa e isso é público e notório”.

“O adensamento em torno dos corredores de ônibus é uma política pública urbana”

Um dos pontos do plano de governo de Duda e Francisco Foureaux é o adensamento urbano (criação de moradia e comércio) no entorno de corredores BRT da cidade. Questionado sobre o plano, Francisco afirmou que o plano seria uma política pública se segurança, mobilidade e empregabilidade. 

“Então a gente precisa fazer essa política de adensamento em torno dos corredores, mas não é só uma política de adensamento de construção de moradias e favorecimento de moradias, que dialoga também com a nossa política de diminuição da população em situação de rua. [...] Os indicadores de violência urbana de Belo Horizonte têm aumentado. Essa é uma prefeitura que não dá conta do problema de violência e não vai dar conta.  Então a gente precisa entender que o adensamento em torno dos corredores é uma política pública urbana, que trabalha segurança, trabalha mobilidade urbana, trabalha e facilidade comercial, trabalha enriquecimento de regiões que muitas vezes são empobrecidos porque o fluxo de dinheiro não fica ali, vai para operar as centrais. A gente vai procurar adensar os corredores para favorecer a mobilidade, a segurança e o comércio”. 

“Belo Horizonte tem condições para melhorar os salários de todos os servidores”

Dentre as promessas de campanha de Duda Salabert, está o aumento de salários de diversas categorias, como Guardas Municipais, professores e profissionais da saúde. Ao ser questionado sobre esse aumento da remuneração, Francisco Foureaux garantiu que BH tem orçamento para fazer o pagamento e que há um plano financeiro. 

“A gente não vai fazer nenhuma loucura. Nós vamos fazer um trabalho técnico e a gente vai prezar pela segurança jurídica e fiscal do município. Não dá para sair fazendo loucura. Belo Horizonte é a quarta cidade mais rica do país e, apesar de o ano passado a Câmara ter aprovado a nossa diretriz orçamentária com R$ 200 milhões de déficit para 2024, graças ao trabalho dos auditores fiscais do município, houve um aumento na arrecadação de R$ 500 milhões para esse ano. Dinheiro tem para a gente fazer concurso público, dinheiro tem para a gente aumentar os salários, inclusive do salário final da carreira”.

“Não dá para a gente discutir e debater com quem não abre mão de nada”.

Ao ser questionado sobre a união da esquerda para as eleições, Francisco Foureaux afirmou que sua chapa com a Duda tem “o dobro de votos que Rogério Correia” e que eles tentaram viabilizar uma aliança, mas que “não dá para a gente discutir e debate com quem não abre mão de nada”. Questionado se falava sobre o PT, o candidato a vice do PDT confirmou. 

"Eu sei, inclusive, que tem muitos petistas e lulistas que sabem disso e que vão votar na gente. Tem muitos que declaram isso para mim no off. Nós somos a candidatura que tem musculatura para chegar. Quando afunilar essa turma já vai, naturalmente, vir conosco, e ali no segundo turno vai ser uma outra campanha, nós vamos chamar os democratas, quem quer discutir um projeto de cidade, para estar conosco".