Eleições

Bolsonaro visita BH e Betim; é a sétima vez em MG em apenas 46 dias

Presidente e candidato à reeleição terá agendas em Betim e em Belo Horizonte nesta quarta (24) para encontros com prefeitos, lideranças religiosas e apoiadores

Publicado em 24 de agosto de 2022 | 05:01

 
 
Ex-presidente Jair Bolsonaro Ex-presidente Jair Bolsonaro Foto: Sergio Lima/AFP
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O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), desembarca novamente em Minas Gerais, nesta quarta-feira (24), para agenda de campanha em Betim, na região metropolitana, e em Belo Horizonte. Será a sétima visita do presidente a Minas nos últimos 46 dias. Só no mês de agosto, o chefe do Executivo nacional completará sua quinta vinda às terras mineiras. 

Desde o início oficial da campanha, no dia 16, o presidente contabilizará sua terceira em menos de duas semanas. A primeira foi em Juiz de Fora, na Zona da Mata, onde lançou a campanha à reeleição no local onde foi vítima de uma facada há quatro anos. Na cidade, Bolsonaro se encontrou com pastores e participou de uma motociata, além de fazer um comício no centro da cidade.

Depois, ele esteve em Belo Horizonte, na sexta (19), na solenidade de instalação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) - agenda oficial como presidente da República, e não foi agenda de campanha eleitoral. 

A previsão é que Bolsonaro desembarque no Aeroporto da Pampulha por volta das 13h50, de onde seguirá em comboio para Betim acompanhado do candidato a vice, general Braga Netto, e de outros membros da comitiva presidencial. 

Em Betim, o presidente cumprirá agendas em um espaço particular no bairro Paulo Camilo. A organização estima que cerca de 10.000 pessoas, entre prefeitos, vereadores, outros políticos e população recepcionem o presidente na cidade e acompanhem o discurso de Bolsonaro. 

Conforme o cronograma, o presidente vai se reunir inicialmente com lideranças religiosas. Em seguida, em um palanque montado no terreno, Bolsonaro vai discursar para prefeitos da região, vereadores e público em geral. Também vão discursar o prefeito de Betim, Vittorio Medioli (sem partido), e o candidato do PL ao governo de Minas, Carlos Viana.

“Vamos receber mais uma vez o presidente. É a terceira visita em duas semanas que Bolsonaro faz a Minas, o que comprova o prestígio que ele está nos dando. Eu o convidei para vir, e ele aceitou prontamente. Minas é um Estado muito importante e é ponto-chave para a eleição presidencial. Vamos mostrar os feitos que o governo do presidente realizou pelo Estado e o que ainda pode fazer numa reeleição”, disse Viana. 

Segundo o prefeito de Betim, Vittorio Medioli (sem partido), é um orgulho para o município receber o chefe da nação. 

“Para Betim, é uma honra e um orgulho receber o presidente da República, em um momento tão decisivo para o futuro do Brasil. A ele, Betim reconhece uma melhoria da relação com o governo federal. Dobramos o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), dobramos os repasses da saúde, e foi uma grande ajuda que nos foi dada. Um governo honesto, que dispensou atenção nas maiores necessidades que a população tinha”, afirmou o prefeito.

A presença da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ainda não estava confirmada até o fim da tarde de ontem (23), segundo a organização. Michelle tem acompanhado o presidente em vários eventos com o presidente, como no lançamento da campanha, em Juiz de Fora. Inclusive, no último dia 7, ela acompanhou Bolsonaro em um culto evangélico na igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, onde discursou.

Após agenda em Betim, o presidente retornará para Belo Horizonte, onde participará de motociata, com início às 16h na praça da Pampulha, e fará um comício na praça da Liberdade. 

Bolsonaro intensifica agenda em Minas 

O comício de Bolsonaro acontece sete dias após o ato feito pelo seu principal adversário na disputa pela Presidência, Lula (PT). Na quinta (18), o petista realizou um comício na praça da Estação, na capital, onde reuniu grande número de apoiadores. 

Por ser um Estado-chave para a eleição, Minas se tornou um dos centros das agendas dos presidenciáveis, e Bolsonaro tem intensificado sua presença no Estado.  

Com o segundo maior eleitorado do país, com mais de 16,2 milhões de eleitores, Minas Gerais é considerado ponto crucial para a chegada ao Palácio do Planalto. Desde a primeira eleição após a redemocratização, em 1989, todos os candidatos que venceram no Estado conquistaram a Presidência - de Fernando Collor, passando por Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma Rousseff e Bolsonaro.

Por isso, Bolsonaro tem visitado o Estado constantemente. Em 30 de abril, ele esteve em Uberaba, no triângulo, na ExpoZebu. Em 25 de maio, o presidente esteve em duas cidades. Primeiro, em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, para entrega de moradias populares, e depois em Belo Horizonte, onde participou da posse da nova diretora da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). 

Em 9 de julho, foi a vez de Uberlândia receber o presidente para o evento Marcha pra Jesus e uma motociata. Oito dias depois, Bolsonaro esteve em Juiz de Fora, na Zona da Mata, onde retornou pela primeira vez depois da facada. 

Já em agosto, ainda na pré-campanha, o presidente desembarcou em Montes Claros, no Norte, no dia 5, e em Belo Horizonte, no dia 7, onde participou de um culto evangélico. 

Na semana passada, passou novamente por Juiz de Fora (dia 16) e Belo Horizonte (dia 19). 

Conforme a última pesquisa DATATEMPO em Minas, realizada entre os dias 11 e 16 com 2.000 eleitores, Bolsonaro reduziu a diferença para Lula entre os eleitores mineiros. De acordo com o levantamento, o atual presidente passou de 30% para 33,1% nas intenções de voto, enquanto que o petista oscilou de 45,1% para 44,2% no levantamento estimulado. 

A distância entre eles caiu de 15,1 pontos percentuais, em julho, para 11,1 pontos percentuais - é importante ressaltar que houve mudanças nas candidaturas, como André Janones (Avante), que tinha 2,9% das intenções e retirou a candidatura para apoiar Lula. Além disso, houve outras mudanças: Luciano Bivar, que aparecia zerado no mês passado, foi substituído por Soraya Thronicke pelo União Brasil. Além disso, houve a entrada de Jefferson no levantamento.

Na pesquisa espontânea, Bolsonaro também apresentou recuperação, passando de 26,9% para 30,6%, enquanto Lula oscilou de 38,6% para 39,4%. A margem de erro é 2,19 pontos percentuais (registro BR-03361/2022 no Tribunal Superior Eleitoral e MG-01547/2022 no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais).