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Entrevista

A arte como força política

Em Belo Horizonte para o lançamento do livro "Insurgências Poéticas - Arte Ativista e Ações Coletivas" (amanhã, na Desvio) e o seminário Muros: Territórios Compartilhados (terça, no Café 104), André Mesquita reflete sobre as relações entre ações artísticas e movimentos sociais, considerando importantes fenômenos e iniciativas das últimas décadas.

Por DANIEL TOLEDO Publicado em 10 de setembro de 2011 | 00h16 - Atualizado em 30 de abril de 2013 | 02h00
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André Mesquita
Pesquisador em arte, política e ativismo

Como surgiu o livro "Insur-gências Poéticas - Arte Ativista e Ação Coletiva" e quais são os principais temas explorados ao longo do texto?
Em certo sentido, acho que o livro vem do meu envolvimento com o movimento punk de São Paulo. Há muito tempo faço parte da Verdurada, que está prestes a completar quinze anos, e desde então sempre tive muito interesse em práticas que valorizam a autonomia e o "faça você mesmo", assim como pelos movimentos anti-capitalistas que começaram a ganhar força a partir do final dos anos 1990. Sempre me interessei por saber de que modo a arte se coloca nesses contextos, ou seja: como a arte pode contribuir para os movimentos políticos e a mudança social? O livro surge como um desdobramento da minha dissertação de mestrado e um registro desse caminho, que continuo trilhando. Nesse sentido, o livro explora relações entre arte, ativismo e política, evidenciando, por exemplo, de que modo alguns movimentos sociais também desenvolvem ações visuais e artísticas.

Além de lançar o livro, você vai participar do seminário Muros: Territórios Compartilhados. Que questões chamaram a sua atenção no contexto desse projeto?
Uma coisa que me interessou muito foi justamente a presença do muro, e pretendo falar um pouco sobre isso no seminário. Mais do que fazer uma leitura direta dos trabalhos, me interessa inserir a ideia do muro em um contexto mais amplo, que vai desde questões militares, geográficas e estratégicas, até aspectos mais próximos da realidade dos artistas, como a transposição de fronteiras, a construção de mapas e a articulação de imaginários urbanos.

Na sua visão, quais são os principais desafios de produzir e expor arte em espaços urbanos?
Em primeiro lugar, acho importante dizer que nem sempre os artistas que trabalham no espaço urbano tem uma posição anti-institucional, ainda que geralmente haja de fato um desejo de questionar o que se tem como situação. Nesse sentido, é comum que haja idas e voltas entre as ruas, os museus e as galerias. Afinal, por um lado, os trabalhos urbanos ainda demandam grandes dificuldades de negociação com o poder institucional, o que acaba conduzindo o artista a trabalhar em meio a uma certa precariedade, sobrevivendo na base de editais públicos e muitas vezes tendo que adaptar as próprias propostas àquilo que pede a instituição. Em outros contextos, entretanto, percebe-se que o mundo da arte começou a construir um discurso que permite a inclusão dessas práticas mais alternativas, até então questionadas em relação à sua qualidade artística. Hoje em dia há espaço para que os artistas levem seus projetos urbanos para dentro de museus, mesmo que por meio de registros em vídeo ou fotografia, por exemplo, o que pode ser lido, de certo modo, como uma tentativa de afirmar o sistema da arte.

Pensando na arte ativista das décadas de 1990 e 2000, é possível destacar questões e práticas emergentes?
São realmente muitas questões, dentre as quais a ocupação criativa e democrática dos espaços públicos, o trabalho com comunidades e movimentos sociais e uma série de ações relacionadas à ideia de mídia tática, fortalecidas pelo desenvolvimento da internet. No entanto, ainda hoje, muitas vezes essas práticas têm sido cooptadas pela indústria cultural, de modo que a arte acaba virando publicidade. Aqui em São Paulo, por exemplo, isso aconteceu com a Lei da Cidade Limpa. Depois de proibir completamente os outdoors, a prefeitura criou uma outra lei segundo a qual as empresas podem pagar grafiteiros para ocupar muros e paredes da cidade e inserir sobre esses muros a sua logomarca. É claro que muitos grafiteiros acharam isso ótimo, pois abre uma possibilidade de ganhar dinheiro, fazer carreira etc. No entanto, é muito complicado inserir publicidade dentro da arte, não é uma coisa tão simples assim. O que acaba se criando é uma situação bastante perversa, na qual o que está em edital vale, e o que não está é considerado marginal. É um jogo muito complicado.

Considerando o contexto brasileiro, que grupos e ações você destacaria em termos de arte, política e ativismo?
Sempre acompanhei com muito entusiasmo o trabalho de vários grupos. No caso de Belo Horizonte, gosto muito do Poro, sobretudo pela capacidade que eles têm de se reinventar. Aqui em São Paulo eu destacaria o Contra Filé, que tem um trabalho muito voltado à relação com comunidades, assim como aos discursos e clichês midiáticos. Além deles, há a Frente 3 de Fevereiro, que trabalha de modo muito competente a questão do racismo. Há alguns anos, por exemplo, quando o jogador Grafite foi ofendido por um atleta argentino, eles produziram grandes bandeiras com frases antirracismo e fizeram um acordo com algumas torcidas organizadas para que, quando seus times fizessem gols, eles abrissem essas bandeiras. Foi um trabalho muito interessante para gerar um debate acerca do universo do futebol, geralmente tratado como um universo de democracia racial. Além disso, vale a pena destacar uma série de coletivos que participaram da ocupação do edifício Prestes Maia, dentre os quais o Bijari, o Esqueleto, o Elefante e o próprio Contra Filé. Ali, as questões principais eram a ocupação do centro de São Paulo e o tratamento dispensado aos movimentos de moradia, frequentemente tratados como marginais. É interessante pensar, nesse sentido, em que medida a arte pode contribuir para "levantar" um movimento social.

Na sua visão, é possível falar sobre a eficiência dessas ações? Em que medidas a arte ativista tem mostrado capacidade de transformar, de fato, a realidade?
Essa é mesmo uma questão complicada, pois é muito difícil medir a eficiência desse tipo de ação. Depende muito dos objetivos, assim como da perspectiva a partir da qual se olha. Eu fico pensando, por exemplo, em um trabalho do Poro no qual eles pegavam uma folha de árvore e pintavam com spray dourado. Pode ser que muitas dessas folhas não tenham recebido a mínima atenção, pode ser que alguém passe e comente, não se tem controle sobre isso e não se sabe o quanto algo pode transformar a realidade. Por outro lado, é claro que os artistas querem que as coisas mudem, esse é o objetivo. Nesse sentido, é interessante pensar sobre o grupo The Yes Men, por exemplo. Em um de seus trabalhos, eles criaram uma paródia do site da Organização Mundial do Comércio (OMC) e começaram a ser convidados para fazer palestras em nome da instituição. Nessas palestras, eles falavam sobre alguns aspectos ocultos da OMC, provocando um debate efetivo sobre essas questões. Em outro trabalho, eles fizeram a paródia do site de uma fábrica indiana que havia causado danos físicos a várias pessoas. No fim das contas eles acabaram indo a um programa de TV como representantes da empresa e, ao falarem sobre um hipotético encerramento de suas atividades, provocaram a ela um grande prejuízo em ações. Acho que a grande questão é essa: usar as ferramentas que temos para tentar virar o jogo.

 

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