São paulo. Exames preliminares feitos com a família de PMs vítima de uma chacina no início do mês, na zona norte de São Paulo, revelaram que o sargento da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar; a mulher, uma cabo da PM; a mãe dela e a tia não foram dopados pelo menino Marcelo, 13, acusado de cometer o crime. O garoto teria se suicidado após o crime.
Na segunda-feira, novas imagens mostraram o menino apontado pela polícia como autor do massacre deixando a escola. Para a Polícia Civil, Marcelo matou a família, foi à escola dirigindo o carro da mãe, voltou para casa e cometeu suicídio. As novas imagens revelam que, ao deixar o colégio, às 11h35, o menino, acompanhado de dois colegas, vai até o carro da mãe, no lugar onde havia estacionado, e fica no veículo por oito minutos.
A suspeita da polícia é que Marcelo desistiu de voltar dirigindo, já que o carro estava apertado entre dois outros. Ele retorna à escola e, de lá, pega carona com o pai de um amigo. No meio do caminho, para novamente, abre o veículo da mãe e segue com o carona.
DEPOIMENTO. A médica do estudante Marcelo Bovo Pesseghini, Neiva Damaceno, não compareceu ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na manhã de ontem quando deveria depor sobre a morte do garoto e de sua família. Segundo a Polícia Civil, a médica alegou motivos pessoais e o depoimento foi remarcado para esta quinta-feira, 22. Marcelo tinha fibrose cística, uma doença degenerativa, sem cura e com expectativa de vida baixa. Devido ao tratamento, Neiva acompanhou o garoto desde que ele tinha um ano de idade.
Três colegas que estudavam com Marcelo prestariam depoimentos ontem ao delegado responsável pelo caso, Itagiba Franco. Outros seis estudantes já depuseram no Departamento de Homicídios.