Recuperar Senha
Fechar
Entrar

Cabo Tristão entra com ação no TSE e no STF para garantir candidatura independente

Enviar por e-mail
Imprimir
Aumentar letra
Diminur letra
Fonte Normal
PUBLICADO EM Fri Aug 17 03:00:01 GMT-03:00 2018

Cabo Tristão entra com ação no TSE e no STF para garantir candidatura independente

Sem apoio do PSL para se candidatar a governador de Minas Gerais, o policial militar Paulo Tristão, que é filiado à sigla, tenta, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se lançar como candidato ao Palácio da Liberdade sem partido. Na última terça-feira, Cabo Tristão foi a Brasília para ingressar com o pedido de registro de sua candidatura independente – que, segundo ele, é resguardada juridicamente. 

“A legislação eleitoral, criada a partir de leis federais, não permite uma candidatura sem partido. Mas a nossa Constituição Federal deixa claro que não põe a obrigação de possuir um partido. Além dela, também há o Pacto de San José da Costa Rica, que também argumenta não ser necessária a filiação a partido político para uma candidatura”, argumenta Cabo Tristão.

Ainda de acordo com o militar, ele tem tido o apoio de um juiz federal do Distrito Federal, que também vai se lançar como candidato ao Senado. “É muito juridiquês, mas vai dar certo”, diz, otimista. 

Cabo Tristão tem 32 anos e integra a Polícia Militar em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. “Eu me apresentei em março deste ano ao PSL como pré-candidato a governador. Apesar de o partido nunca ter falado ou decidido nada sobre isso, comecei a minha pré-campanha pelo interior do Estado sozinho. Mas, quando chegou a convenção estadual, não me deram a oportunidade de defender a minha candidatura, e nada se decidiu sobre isso”, conta. 

Depois do episódio, ele afirma ter ido ao diretório nacional do PSL para questionar a decisão. “Lá, me falaram que foi uma decisão 100% do Marcelo Álvaro Antônio, deputado que preside o partido. O Marcelo estava irredutível. E eu não vou bater de frente com ele, então deixei pra lá”, explicou, para depois tentar enumerar por que o deputado federal não apoiaria seu nome. “Ele deve achar que sou muito novo, nunca fui político. Acabou que fiquei isolado por ele. Acho que ele tem medo também de que eu fale alguma abobrinha nos debates e acabe prejudicando a candidatura do Bolsonaro a presidente”. 

Ele afirma já ter gastado mais de R$ 40 mil do próprio bolso na pré-campanha. “É muita viagem, hotel, gastos. Mas não tem problema, eu tenho patrimônio e vou herdar bens. Aliás, na campanha, a minha estimativa é que gastemos quase R$ 2 milhões”.

Com a “candidatura independente”, Cabo Tristão diz que terá direito a tudo o que os outros candidatos teriam. “Meu número será o 91, que eu mesmo escolhi. E tenho estrutura para a campanha, vários coordenadores em todas as regiões, além de muitos amigos da Polícia Militar que me ajudam”. 

Por outro lado, o presidente do PSL mineiro, deputado Marcelo Álvaro Antônio, diz que a história não é bem assim. “Nós levamos o nome dele para a convenção, para o debate interno, e lá foi decidido que não iremos ter candidato (ao governo do Estado), aliás, em Minas nos manteremos neutros no primeiro turno”, explicou o parlamentar. 

Marcelo Alvaro Antônio também ponderou que não poderia lançar o PSL em uma aventura eleitoral. “O Tristão é uma boa pessoa, mas não tem estrutura alguma para aguentar uma campanha desse porte. Não posso aventurar o partido, aqui não tem brincadeira eleitoral”, disse, para depois reiterar que a decisão foi tomada democraticamente nas convenções. (Lucas Ragazzi)

Processo

FOTO: Uarlen Valerio

Em entrevista ao Café com Política, o advogado e especialista em direito eleitoral Renato Galuppo explicou que, após o registro das candidaturas pelos partidos políticos, a Justiça Eleitoral vai analisar os documentos e validar ou não as chapas. No caso da candidatura do ex-presidente Lula, Galuppo explicou que o petista deve ser impedido de concorrer, mas seu partido poderá substituir o nome na urna por outro candidato. “O ex-presidente Lula foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, uma condenação colegiada por crimes de lavagem e corrupção, e são crimes que são previstos na Lei da Ficha Limpa como situações que geram a inelegibilidade, o impedimento para o cidadão disputar as eleições. O atual indeferimento do registro da candidatura não impede que o PT venha substituí-lo por outro candidato. Nessa hipótese, o PT continua apto a disputar as eleições”, afirmou o advogado.

PT troca vermelho pelo verde

No comando do governo do Acre desde 1999, o PT trocou o tradicional vermelho do partido pelo verde da bandeira do Estado em seu material de campanha. O partido lançou a candidatura do ex-prefeito de Rio Branco Marcus Alexandre ao governo do Estado e terá Jorge Viana e Ney Amorim como candidatos ao Senado. Nesta quinta-feira (16), ele lançou seu comitê de campanha, que também foi decorado com a cor verde. Em santinhos, o senador Jorge Viana, candidato à reeleição, aparece vestindo uma camisa preta diante de um fundo preto. Ou seja, o PT acriano não quer ser associado à cor tradicional da legenda.

Arrependimento

FOTO: Beto Barata/PR - 9.12.2016

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) (foto), declarou, em entrevista a uma rádio de Recife, que se arrepende, num contexto histórico, de ter apoiado o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Câmara conta hoje com o PT em seu palanque, após costura nacional que retirou a vereadora Marília Arraes (PT) da briga pelo governo de Pernambuco e tentou tirar Marcio Lacerda (PSB) da disputa ao governo de Minas. “Temer conseguiu fazer um desserviço ao Brasil. Trouxe muito mais instabilidade e muito mais confusão”, afirmou. Em 2016, poucos dias antes de a Câmara dos Deputados se posicionar em relação ao processo que culminou na saída da petista da Presidência, o governador exonerou quatro secretários para que eles reassumissem seus postos de deputado e pudessem reforçar os votos contra Dilma.

O que achou deste artigo?
Fechar

Cabo Tristão entra com ação no TSE e no STF para garantir candidatura independente
Caracteres restantes: 300
* Estes campos são de preenchimento obrigatório
Log View