Recuperar Senha
Fechar
Entrar

Câmara

Briga na Câmara esquenta

Recém-eleito, coordenador de campanha de Kalil diz que sua meta será tirar Wellington Magalhães

Enviar por e-mail
Imprimir
Aumentar letra
Diminur letra
0
Reunidos no gabinete do atual presidente da Câmara Municipal, 21 dos 41 vereadores discutiram novo comando da Casa
PUBLICADO EM 01/11/16 - 02h00

Menos de 24 horas após a eleição de Alexandre Kalil (PHS) para a Prefeitura de Belo Horizonte, as atenções se voltaram para o comando da Câmara Municipal no próximo ano. Com nomes ainda em definição, dois rivais mostraram que estão dispostos a brigar pela presidência da Casa.

Numa ação rápida para manter-se no cargo, o vereador Wellington Magalhães (PTN) saiu na frente e, nessa segunda-feira (31) à tarde, reuniu 21 dos 41 dos vereadores eleitos para o próximo mandato para pedir apoio a sua candidatura. Dez dos presentes eram novatos na Casa.

Em seu terceiro mandato, Wellington Magalhães terá que enfrentar a oposição do novato Gabriel Azevedo (PHS), que afirma que não irá lançar candidatura própria, mas já disse que tirar o atual presidente do cargo é um “compromisso pessoal” dele. “Estou no meu primeiro mandato, disputar a presidência agora é colocar o carro na frente dos bois”, explicou.

A caminho de seu quarto mandato, Wellington Magalhães está otimista em conquistar a reeleição. Nessa segunda-feira (31), no encontro que reuniu veteranos e novatos, o atual presidente criou um grupo de WhatsApp para unificar a comunicação com os colegas e melhorar a articulação em torno do seu nome. “Estamos unidos pela independência da Câmara”, disse.

Magalhães afirmou que, mesmo tendo apoiado a candidatura de João Leite (PSDB), adversário de Kalil, não irá atuar como oposição ao prefeito eleito: “Vamos atuar em busca do que for melhor para a cidade”, garantiu.

O discurso de união em prol de Belo Horizonte foi reforçado por Orlei Pereira (PTdoB), um claro apoiador de Magalhães, presente ao encontro dessa segunda-feira (31): “O objetivo desse grupo é pensar em Belo Horizonte. Não tem lado A ou B. Vamos cobrar as promessas”.

Na reunião, ocorrida no gabinete da presidência, estavam vereadores de 13 das 22 siglas com cadeira na Câmara. Integrante da atual Mesa Diretora, Bim da Ambulância (PSDB), outro presente à reunião, defendeu a união do partido em torno do nome de Magalhães.

O petista Pedro Patrus não descartou a possibilidade de apoiar o atual presidente. Em seu segundo mandato, o parlamentar não participou da reunião, mas destacou que um dos méritos de Magalhães é manter a independência do Legislativo. O petista disse não ter sido procurado por nenhum dos lados da disputa, mas afirmou estar aberto a escutar outras possibilidades.

Um dos coordenadores da campanha de Alexandre Kalil, Gabriel Azevedo (PHS) justificou sua posição, defendendo que não pode haver renovação na política da cidade se o presidente da Câmara for reeleito.

Questionado se a postura de enfrentamento não seria prejudicial em um momento em que o novo prefeito deve procurar unificar a Casa, o vereador afirmou que seu compromisso é com quem o elegeu, e que ele não será um representante do Executivo no Legislativo.

Apesar de não citar nomes, Azevedo garantiu já ter conversado com vários colegas sobre possíveis nomes de oposição ao atual presidente.

Wellington Magalhães desdenhou da posição do novato, que ele atribui a um episódio ocorrido neste ano, quando ordenou que os seguranças o retirassem de uma audiência pública. “Aquele ali não tem diálogo com ninguém. Ele deveria falar menos e vir aqui para tentar me tirar”, disparou.

Mudança. Bim da Ambulância (PSDB) acredita que o prefeito eleito vai ter de mudar de postura em relação à Câmara para governar. “Agora ele vai ter que ser político, não tem como manter discurso eleitoreiro”. 

Rádio Super

O que achou deste artigo?
Fechar

Câmara

Briga na Câmara esquenta
Caracteres restantes: 300
* Estes campos são de preenchimento obrigatório
Log View