Minas
Eleições 2020: Candidatos de Nova Lima querem rever reforma administrativa
Entre pontos mais citados está o plano de carreira dos servidores públicos
30/10/20 - 06h00
A reforma administrativa de Nova Lima, aprovada em 2017, dividiu opiniões. De um lado, servidores apontaram que direitos foram retirados. De outro, a atual gestão argumentava que ela reequilibrou as contas e garantiu uma economia anual de R$ 43 milhões. Mesmo três anos depois, o assunto ainda é polêmico e pode voltar a ser pauta da próxima gestão.
O atual vice-prefeito, João Marcelo Dieguez (Cidadania), afirma que a reforma foi fundamental, mas reconhece que faltou diálogo. “O limite de gastos da Lei de Responsabilidade Fiscal estava estourado, mas foi conduzida de forma negativa”, afirmou. Ele quer rever o plano de carreira dos servidores já no primeiro ano de gestão.
Dr. Juarez (Solidariedade) quer rever a Previdência dos servidores. “Hoje, a pessoa que se aposenta, não sabe quanto vai receber, porque tínhamos celetistas, e hoje são estatutários. Pensamos em uma Previdência própria para o servidor municipal”, explicou. Ele também defende a capacitação de servidores, além de uma subprefeitura no Jardim Canadá.
O vereador Wesley de Jesus (DEM) afirmou que a reforma administrativa foi um ‘remédio amargo’, mas necessário. Segundo ele, a lei reequilibrou as contas da prefeitura, porém pode passar por melhorias, como a unificação da carga horária de servidores em mesma função e o plano de carreira do funcionalismo público.
Soldado Flávio de Almeida (PT) reclamou que a reforma de 2017 tirou direitos dos servidores. “Há um discurso de que os servidores foram responsáveis por déficits na folha da prefeitura, mas sabemos a quantidade absurda de comissionados”, disse. Ele defende um corte de cargos sem concurso para enxugar os gastos.
Sérgio Americano Mendes (Podemos) quer montar um departamento de combate à burocracia e à corrupção, para simplificar processos e ser um canal de denúncias de corrupção na administração. Ele propõe também reduzir o número de secretarias.
Já Jobert Jobão (UP) pretende criar um plano de carreira e programa de formação continuada para servidores. Ele propõe regime único de aposentadoria.
O candidato Carlinhos Rodrigues (PDT) não deu entrevista.