Recuperar Senha
Fechar
Entrar

PERIGO

A 'culpa' é do trânsito

Cerca de 18% dos paratletas do país nos Jogos do Rio sofreram acidentes automobilísticos

Enviar por e-mail
Imprimir
Aumentar letra
Diminur letra
0
O canoísta Caio Ribeiro teve que amputar a perna após sofrer um acidente de moto
PUBLICADO EM 09/09/16 - 03h00
p.FCKEditor { R transient java.lang.Object _data = 'com.polopoly.cm.app.policy.SingleValuePolicy'; R static java.lang.String p.publicInterfaces = 'com.polopoly.cm.app.policy.SingleValued'; R static java.lang.String p.mt = 'com.polopoly.cm.app.policy.SingleValuePolicy'; R static java.lang.String p.beanClass = 'com.polopoly.cm.app.policy.SingleValuePolicy'; RW java.lang.String value = '

RIO DE JANEIRO. Antes de chegarem a um evento do tamanho das Paralimpíadas e de se tornarem atletas de alto rendimento, muitos competidores paralímpicos tiveram que lidar com o risco de morte e dramas pessoais. Dos 286 brasileiros na Rio 2016, 52 têm nos acidentes de trânsito a explicação para a deficiência que possuem, o que representa um índice de pouco mais de 18%.

E foi por meio do esporte que eles conseguiram se recuperar, física e psicologicamente, e seguir atrás de seus sonhos. Atualmente, eles viajam o mundo competindo, são orgulho e exemplo de luta e superação para muitas pessoas. No entanto, antes de chegarem ao patamar de “heróis”, esses seres humanos quase perderam o sentido da vida após tragédias no trânsito. Mas o sonho de ser atleta, que parecia interrompido, transformou-se na “solução” e os colocou no caminho do esporte de alto rendimento.

O canoísta Caio Ribeiro, 30, teve que amputar a perna após passar com a moto em um bueiro sem tampa e se chocar contra uma árvore. A vida para ele tinha acabado, até se encontrar no esporte novamente. “Quando eu sofri o acidente, eu nem conhecia o esporte paralímpico, Para mim, não existia esporte, não existia vida. Eu fiquei muito traumatizado. E foi até uma surpresa como as coisas se encaixaram após o acidente. O esporte foi reintroduzido na minha vida”, relata.

A também canoísta Mari Christina Santilli, 38, que sempre teve uma vida esportiva, passou por uma experiência parecida. Ela foi atleta amadora em corridas de rua, triatlo e natação. Sua vida mudou de rumo quando tinha 28 anos, após ser derrubada da moto e ter que amputar a perna esquerda abaixo do joelho.

“No começo, foi muito difícil, dá aquele choque, mas nada como o apoio familiar e bons profissionais para resolver. Peguei uma equipe muito boa de fisioterapeutas, de protéticos, que me botaram em pé rapidinho. O fato de sempre ter sido atleta me ajudou muito com a questão de resistência física. Seis meses depois, eu já estava na ativa novamente”, recorda.

A nadadora Maiara Barreto, 29, estava na garupa quando a moto se chocou com um carro. Foram meses de um tratamento. “Foi uma recuperação bem difícil, foram muitos meses de reabilitação. Acho que a natação ajudou bastante e acabei me tornando atleta”, conta.

Filha de pescadores, a atleta do remo Josiane Dias de Lima, 41, era muito ativa. Já tinha praticado vôlei, judô, atletismo, se graduou em educação física, fazia trilha de moto, mergulho e velejava. Mas um acidente interrompeu toda a sua rotina. “Tive um esmagamento que quase decepou a minha perna. Foram sete cirurgias. Só depois que passei a me reconhecer como uma pessoa com deficiência. Comecei a praticar o remo em uma associação para deficientes físicos em 2006, e isso salvou a minha vida e me abriu as portas do mundo”, declara.

Atletas fazem alerta a motoristas

RIO DE JANEIRO. Apesar de terem sido vítimas de acidentes de trânsito, os atletas paralímpicos que representam o país na Rio 2016 ainda não tiveram a oportunidade de participar de campanhas de conscientização. São ações que eles consideram fundamentais para tentar reduzir o alto índice de acidentes e amputações.

A atleta do remo Josiane Dias de Lima lamenta ainda não ter participado de nenhuma campanha e chama a atenção para a violência do trânsito brasileiro.

“Nunca tive esse privilégio de participar de campanhas de conscientização. Já fiz palestras em hospital de tratamento do câncer, em escolas, em empresas contra prevenção de acidentes de trabalho. Mas de trânsito, não. O nosso trânsito é um dos fatores principais que mutilam as pessoas. Temos estatísticas absurdas. Além da questão da prudência, tem que existir mais campanha, mais rigor. E não estou falando de multa, mas de conscientização. É melhorar as estradas, a sinalização”, declara.
A canoísta Mari Christina Santilli acredita que as campanhas precisam se intensificar. “Não só cuidado com moto, mas com os carros, pedestres. Está todo mundo correndo o risco. Com certeza, essas campanhas de conscientização são muito importantes”, diz.

A nadadora Maiara Barreto pede cautela aos condutores. “Nunca participei de campanhas de trânsito. Ainda não tive essa oportunidade. Mas é preciso mais atenção dos motoristas, mais cautela. A gente vê as pessoas dirigindo de forma precipitada e nervosa, o que aumenta o risco”, afirma.

';},ModelStore=com.polopoly.model.ModelStoreInMap

Rádio Super

O que achou deste artigo?
Fechar

PERIGO

A 'culpa' é do trânsito
Caracteres restantes: 300
* Estes campos são de preenchimento obrigatório
Log View