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Jogos Paralímpicos

Coreógrafa chora, lembra dificuldades e celebra sucesso nas cerimônias

Cassi Abranches, ex-bailarinha e atual coreografa do Grupo Corpo, representou Minas Gerais nas festas no Maracanã

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Cerimônia de abertura - Jogos Paralímpicos 2016
Coreografias chamaram a atenção durante a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos
PUBLICADO EM 08/09/16 - 14h30

O Grupo Corpo já é mundialmente famoso pela sua forma peculiar, independente, inovadora e única de expressar movimentos corporais através da dança. E foi justamente por conta dessa originalidade que os organizadores das cerimônias de encerramento dos Jogos Olímpicos e de Abertura dos Jogos Paralímpicos fizeram questão de contar com o conhecimento e com parte dos espetáculos da companhia mineira durante as festas no Maracanã. E os mineiros foram muito bem representados por Cassi Abranches, ex-bailarinha da equipe e atual coreografa do Corpo.

Emocionada, ela ressaltou a qualidade do Grupo e afirmou que a essência dos mineiros e de tudo que ela aprendeu foram colocados à disposição das festas dos Jogos.

“Acho que o Grupo Corpo sempre abrilhanta por onde passa. A Cerimônia de Encerramento (dos Jogos Olímpicos) foi muito bonita, com chuva, com a apresentação do Parabelo. O Corpo foi para brilhar. Talvez a apresentação do Corpo tenha sido a última imagem dos Jogos Olímpicos do Rio, já que depois veio a apresentação dos japoneses”, disse.

“Eu assino a Cerimônia de Abertura Paralímpica. É um pouco do Grupo Corpo ali. Eu trouxe tudo que eu podia, todo o meu aprendizado, todo o meu trabalho. Acho que nós conseguimos emocionar, de falar não sobre deficiência, e sim sobre eficiência. Eu até disse em uma entrevista mais cedo hoje (quarta-feira) que os atletas deixariam o Maracanã como atletas e que voltariam para competir como heróis”, completa.

A coreografa lembra que a Organização da cerimônia paralímpica foi pessoalmente a BH para convidá-la. Ela se sentiu lisonjeada pelo convite e pela abertura que recebeu para colocar em prática as suas ideias.

“Os produtores foram a BH, em julho do ano passado, quando eu estava criando o meu primeiro Balé do Corpo. Nem sei como chegaram até mim. Já tem um ano e nunca perguntei isso. Eles fecharam a equipe criativa. Inicialmente, eu fiquei encantada com cerimônia porque eles já tinham um desenho. Eu disse que, para mim, o mais difícil seria lidar com esse espetáculo gigante, um espetáculo do mundo. Mas eles me deixaram muito confortável. Eles disseram que queriam contar com o meu gosto artístico, com minha movimentação, com as coreografias”, relembra.

Porém, mesmo com toda sua experiência, não foi nada fácil. Cassis teve que lidar com a magnitude do evento e com a distância para que as coisas acontecessem da forma como ela esperava.

“Eles prometeram que trariam uma pessoa com experiência com eventos de massa, e trouxeram uma grega maravilhosa. Eu aprendi muito com ela. Entre os grandes desafios, estava o fato de eu viver e morar em BH e fazer o trabalho todo no Rio. Aí, eu mandei uma pessoa, que era o meu braço direito e que até se mudou para o Rio no começo. Ela era o meu ouvido, os meus olhos, pelo menos três vezes por semana”, declara.

“Ela ficou aqui. Eu só vim definitivamente há uns dois meses. E aí veio a parte boa. Até então, a gente estava construindo tudo muito no papel, nas animações, em 3D. Mas dois meses antes da abertura, conseguimos materializar, humanizar a apresentação. Colocamos a mão na massa. Esses últimos dois meses foram fascinantes. Talvez, eu não tenha uma outra oportunidade como essa. Foi incrível. Você me pegou (no momento da entrevista) bem emocionada e muito feliz com o que fizemos na cerimônia. Mesmo já conhecendo a apresentação inteira, eu chorei demais (risos)”, relata.

Mesmo com a fama internacional que o Grupo Corpo já possui, Cassis acredita que, com a grandiosidade do evento, a companhia mineira tenha expandido ainda mais os seus horizontes.

“Acho que o Corpo já é autoditada, já é um nome conhecido no mundo inteiro. No encerramento olímpico, quando o Grupo Corpo se apresentou, as nossas redes sociais explodiram de acesso, com pessoas do mundio inteiro comentando, dando os parabéns. Mas eu espero, de coração, que eu possa ter contribuído de alguma forma (para o aumento da visibilidade do Grupo Corpo). Até onde senti, acho que conseguimos emocionar muita gente com a arte que eu aprendi com o Grupo Corpo”, finaliza a coreografa. 

Rádio Super

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