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Coreógrafa mineira coloca Paralimpíadas em movimento

Ex-bailarina foi convidada para criar apresentação da abertura dos Jogos Paralímpicos

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Cassi Abranches
Apaixonada por esportes, Cassi Abranches tem a oportunidade de ser diretora de movimento de um dos eventos esportivos mais importantes do mundo
PUBLICADO EM 23/05/16 - 03h00

Superar os limites físicos, criar movimentos complexos e perfeitos, proporcionar espetáculos de extrema beleza e emoção já fazem parte do repertório de Cassi Abranches. Ex-bailarina do Grupo Corpo, a coreógrafa da companhia mineira nunca imaginou que esse histórico a levaria para o centro de um dos eventos esportivos mais importantes do planeta.

Em vez da caixa preta dos teatros, o Maracanã será o palco de sua criação para a abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio, no dia 7 de setembro. Uma missão prontamente aceita por ela, após o convite dos diretores Vik Muniz e Marcelo Rubens Paiva, mas com proporções que ela ainda não havia experimentado.

“A primeira coisa que eu falei com eles quando me apresentaram o projeto foi ‘gente, eu estou super feliz com o convite, tenho grande vontade de aceitar, mas eu preciso que vocês saibam que não sei fazer uma coisa assim com tanta gente. Estou acostumada com a caixa italiana, com companhias profissionais’”, conta a artista que não costuma negar os desafios. “Fiquei amarradona”, diz ela.
Para exercer da melhor forma o trabalho de idealizar a parte coreográfica da cerimônia, Cassi conta com um time de experts em grandes eventos.

“O brasileiro é absolutamente criativo, então as cerimônias olímpicas e paralímpicas terão uma dose de criatividade incrível. Mas a gente precisava de suporte para fazer isso acontecer”, explica a criadora, que “roubou” alguns colegas de grupo para serem “cobaias” durante o processo, que começou no início deste ano. “Temos as cenas divididas, feitas. Mas só em julho vou conseguir pegar essa massa toda, cerca de 400 voluntários”, conta.

Ela não esconde a empolgação com o novo universo e fala com admiração dos artistas/atletas que estarão ao seu lado. “Depois de um tempo, eles são tão incríveis que você esquece as possíveis limitações. Eles só têm potência”. 

Sem poder dar muitos detalhes das surpresas que está preparando, Cassi garante apenas uma coisa: “será um espetáculo forte e sensível. Podem esperar”.

Encontro

A sede do Grupo Corpo será, na manhã de hoje, palco de um encontro especial. Os coreógrafos Rodrigo Pederneiras e Cassi Abranches recebem em sua “casa” a paratleta Verônica Hipólito, campeã mundial dos 100 m rasos, em 2013, e medalhista de ouro em três provas nos Jogos Panamericanos de Toronto de 2015, no Canadá.

Grupo Corpo

Enquanto Cassi Abranches assina a coreografia da cerimônia de abertura das Paralimpícos, o Grupo Corpo estará presente nos Jogos Olímpicos. A companhia mineira, uma das mais conceituadas do mundo, integrará a cerimônia de encerramento das Olimpíadas, na qual irá apresentar trechos do espetáculo “Parabelo”, criação de 1997, com composições de Tom Zé e Zé Miguel Wisnik.

Mudança de mentalidade pode ser legado para o país

“Estou descobrindo um novo mundo”. É dessa maneira que Cassi Abranches descreve a experiência de criar a coreografia da cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio.

Assim como a convivência com artistas e atletas com deficiência tem transformado sua percepção, ela espera que a população e as autoridades utilizem esse momento para realizar uma grande transformação. “Nós temos obrigação de aproveitar essa oportunidade. O principal legado desses Jogos no país será promover uma mudança de mentalidade”, afirma a coreógrafa.

Rádio Super

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