Espaço

Chegada do homem à Lua completa 50 anos neste sábado

O Eagle, pousou no solo lunar em 20 de julho de 1969 às 17h17 de Brasília


Publicado em 20 de julho de 2019 | 09:55
 
 
 
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Há exatos 50 anos, os astronautas americanos Neil Armstrong e Buzz Aldrin se tornaram os primeiros humanos a pisar na Lua, um feito transmitido pela televisão para cerca de 500 milhões de pessoas.

Seu módulo lunar (LEM), o Eagle, pousou no solo lunar em 20 de julho de 1969 às 17h17 de Brasília. 

Um pouco mais de seis horas depois, às 23h56, o major Armstrong colocou o pé esquerdo na superfície lunar e pronunciou a frase pela qual ele sempre será lembrado: "É um pequeno passo para o homem, um grande passo para a Humanidade ".

A NASA se prepara para o aniversário há semanas, com inúmeras exposições e eventos nos centros espaciais da Flórida (Kennedy) e Houston, Texas (Johnson).

Neste sábado (20), na ausência do presidente Donald Trump, seu vice-presidente, Mike Pence, fará um discurso do Kennedy Center, de onde decolaram Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins, o terceiro membro da Apollo 11, que permaneceu na órbita lunar. Todos nasceram em 1930.

O último discurso sobre o espaço feito por  Pence, encomendado por Trump, agitou a NASA. Em março, ele anunciou sem aviso prévio uma redução no prazo para o retorno dos astronautas à Lua, antecipando a data de 2028 a 2024.

O aniversário da Apollo 11 é comemorado nesse contexto exigente e enquanto Trump insiste que prefere ir diretamente a Marte.

 

Olhar sobre a Terra

Apesar de seus 88 anos, Michael Collins é o veterano mais ativo da Apollo e o mais poético quando se trata de evocar a Lua.

"Quando saímos e vimos... oh, que esfera mais impressionante!", declarou o ex-piloto e astronauta na noite de quinta-feira em Washington, durante uma conferência na Universidade George Washington.

"O Sol estava por trás dela, então foi iluminado por um círculo dourado que deu uma aparência muito estranha às crateras, devido ao contraste entre o branco mais branco e o negro mais escuro", acrescentou.

"Por mais esplêndido e impressionante que fosse, não era nada comparado ao que vimos na outra janela", continuou ele. 

"Havia aquela ervilha do tamanho de um polegar no final de seu braço: azul, branca, muito brilhante, era possível ver o azul dos oceanos, o branco das nuvens, manchas cor de tijolo do que chamamos de continentes, uma coisinha tão linda, recolhida no veludo negro do resto do universo".

"Eu disse ao centro de controle: 'Houston, eu vejo o mundo na minha janela'". 

É a mensagem de Michael Collins e muitos das pessoas que estavam no espaço: essa experiência muda o olhar do homem sobre a Terra. 

"Nosso mundo é frágil", conclui o ex-astronauta.

Comemoração

Um americano, um italiano e um russo decolarão neste sábado em direção à Estação Espacial Internacional (ISS) durante um voo que coincide com as comemorações do 50º aniversário do desembarque histórico da missão Apollo 11. 

Alexander Skvortsov, da agência russa Roscosmos; Andrew Morgan, da NASA; e Luca Parmitano, da Agência Espacial Européia (ESA), devem decolar às 13h28 de Brasília do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. 

Esta missão foi marcada para 20 de julho para coincidir exatamente com os primeiros passos dos astronautas americanos na Lua em 1969.

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