A saúde dos brasileiros está sendo posta a prova nessa pandemia de coronavírus. E, durante esse período de isolamento social, 29% dos entrenvistados de uma pesquisa, que analisa os impactos da quarentena no país, afirmou que teve uma piora, um padecimento nsse período de isolamento social.
Essas conclusões são apenas algumas das reveladas pelo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os pesquisadores coletaram respostas de 44.062 indivíduos, no período de 24 de abril a 8 de maio de 2020.
De acordo com os pesquisadores, a situação se agrava ainda mais nos indivíduos que já possuiam diagnóstico de depressão. Desse total, 47% dos questionados avaliou que a sua saúde desandou durante o período da pandemia.
"Dos entrevistados, 35% relatou que piorou esse estado de tristeza. Isso foi ainda mais elevado entre os jovens de 18 a 29 anos, o que também pode ter sido impulsionado durante a pandemia", explicou a professora a professora UFMG Deborah Carvalho Malta, uma das coordenadoras da pesquisa.
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Estado de ânimo
Ainda conforme o estudo, grande parte da população apresentou problemas no estado de ânimo: 40% se sentiu triste ou deprimido e 54% se sentiu ansioso ou nervoso frequentemente. Entre os adultos jovens (18-29 anos), esses percentuais alcançaram 54% e 70%, respectivamente.
As mulheres relataram problemas no estado de ânimo com maior frequência que os homens: o percentual delas que se sentem tristesou deprimidas frequentemente durante a pandemia foi de 50%, enquanto entre eles foi de 30%.
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Outras enfermidades
Para os indivíduos que têm algum problema crônico de coluna, 50% relatou aumento da dor; e para os que não tinham problema de coluna antes da pandemia, mais de 40% passou a ter dores da coluna devido às mudanças nas atividades habituais.
Durante a pandemia do novo coronavírus, 22% dos questionados procurou atendimento de saúde com um médico, dentista ou outro profissional de saúde. Desses, 86% conseguiram atendimento. "Isso mostrou que os serviços de saúdes têm funcionado durante a pandemia", explicou a professora Malta.