Decoração

Dias de frio demandam camas aconchegantes

E se as baixas temperaturas são um convite a ficar em casa, que ele seja enfrentado com estilo


Publicado em 30 de junho de 2019 | 03:00
 
 
 
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No último dia 21, o hemisfério sul celebrou a entrada oficial do inverno. Dois dias antes, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou sua expectativa de que a estação, que tradicionalmente já se caracteriza por ser menos chuvosa na região Sudeste, deve registrar massas de ar frio oriundas do sul do continente, o que pode provocar declínio acentuado nas temperaturas. E se o frio é um convite ao aconchego de casa, que ele seja enfrentado com estilo. Cobertores, edredons e mantas tratam de imprimir ao lar doce lar um toque mais condizente às baixas temperaturas.

Mas para que a cama não se torne visualmente poluída, com um amontoado de peças de estampas que não dialogam entre si, vale lembrar o conselho que o arquiteto Maurício Arruda não se cansa de dar no programa “Decora”, do GNT: antes de ir às compras, defina uma paleta de cores e trabalhe sobre ela – no caso, com almofadas, fronhas, porta-travesseiros, edredons e peseiras. A paleta pode ser quantitativamente generosa, contanto que o resultado fique harmônico. 

O designer de interiores Bruno Carvalho recomenda tons sóbrios, mas frescos, “como o verde, o lilás, cinza, o bege e o branco”. “São cores que transmitem paz, aconchego e conforto, e que acalmam”, afiança. Já a arquiteta Cris Paola optaria por tons afins a cores da natureza: “Bege com verde e marrom escuro, por exemplo, me agradam muito. Outro conjunto legal é o preto, com cinza e rosa seco, tipo rosé. Todos remetem ao inverno e ficam lindos”.

Quanto a tecidos, ela sugere que o lençol seja o de malha de algodão, “que é uma delícia, fica mais aconchegante e quentinho”. E aconselha também a trocar o edredom fino e a colcha pelo duvet, “aquele enchimento com capa que a gente encontra principalmente nos hotéis”. Para que no movimento natural do corpo durante o sono a roupa de cama não deixe, por exemplo, os pés de seu ocupante descobertos, Alexandre Carvalho lembra que tanto o lençol quanto a colcha podem ser fixados na cama. “O edredom e o cobertor ficam presentes na cama todo o tempo no inverno. De dia, dobrados ao pé do leito”.
Mantas e os tricôs, prossegue ele, servem bem “a lofts e estúdios com metragem reduzida, quando a cama precisa ser incorporada à decoração”. 

Felpudos. É fato que em cidades ou distritos do entorno de Belo Horizonte, como Casa Branca, várias casas já dispõem de calefação ou de charmosas lareiras. Se o for o caso, Bruno Carvalho recomenda ligar o aquecedor algumas horas antes de ir se deitar. “Assim, ao deitar, estará tudo aconchegante”. Para as regiões que ainda não requerem esses recursos, ou para quem não vê tanta necessidade assim, o mercado dispõe de um arsenal vasto de vestimentas para a cama. Entre as novidades estão cobertores que prometem preservar a temperatura corporal. Caso dos da marca Casa & Conforto, produzidos com material que evitaria a troca de calor com o meio externo, preservando o “quentinho” do corpo.

Os tradicionais edredons, por sua vez, firmam parceria com o cobertor resultando no “coberdrom”, que caracteriza-se por ter o lado superior mais voltado ao aspecto estético, enquanto por baixo o lado felpudo garante o aquecimento.

Tendências. Em curso no Jockey Club, a 33ª edição da CasaCor SP, como de praxe, reservou espaço para vários arquitetos trabalharem a sua noção de beleza e aconchego em ambientes para dormir. “O quarto ganhou destaque”, constata Livia Pedreira, diretora superintendente do evento. “Camas macias, convidativas, roubam a cena e se tornam tão importantes quanto os sofás”, pontua ela. No que tange aos materiais mais recorrentes, ela abre um parêntesis para os rústicos, que marcam forte presença.

“Um dos traços mais marcantes é a retomada daquela ideia da casa de campo, daquele lugar para onde a gente foge em busca de acolhimento, conforto, afeto”, descreve ela, acrescentando que os ambientes refletem muita personalidade “e se destacam sobretudo por uma criatividade sem travas”. No loft “Alguma Coisa Acontece no Meu Coração”, assinado por Marcelo Salum, um chamariz é a roupa de cama com trechos bordados de letras de Chico Buarque e Caetano Veloso, ainda que não esteja necessariamente atrelada ao inverno. 

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