Nenhuma cultura sobrevive sem as comunidades, “mas elas foram massacradas”. “Talvez o celular, o Facebook, as redes sociais sejam outras formas de comunidades que não existiam e que talvez venham suprir essa necessidade”, diz. Segundo ele, a cultura é plural e a história de cada grupo é diferente.
“As comunidades dão objetividade pelo bom senso do grupo e pela busca de coerência com sua própria caminhada. É isso que busco explicar no livro”, comenta frei Chico sobre seu “Dicionário da Religiosidade Popular”.
O franciscano ressalta que boa parte das manifestações que representam a brasilidade da religião é formada pelos menos favorecidos. “Cada geração passa pra frente, à sua maneira, os valores que aprendeu”, acredita. “Os fatos históricos de cada povo são importantes na busca da verdade que se dá sensorialmente, vendo, ouvindo. A verdade não começa com uma bela teoria, as teorias somos nós que fazemos. A responsabilidade de buscar a verdade é de cada ser humano”. (AED)