Minas Gerais está na vanguarda em relação ao número de relatos de avistamentos de óvnis no Brasil. Aqui nasceu, ainda na década de 50, o Centro de Investigação Civil dos Objetos Aéreos Não Identificados (Cicoani), criado pelo incansável e dedicado pesquisador Húlvio Brant Aleixo, pioneiro da ufologia brasileira.
Com tanta casuística ufológica, faltava uma revista mineira. Nascida no início de 2018, em Contagem, a “Ovni Pesquisa” foi criada pelo jornalista Paulo Baraky Werner, diretor do Centro de Investigações e Pesquisas de Fenômenos Aéreos Não Identificados (Cipfani) e por Albert Eduardo, diretor da Associação Mineira de Pesquisas Ufológicas (Ampeu).
“A ufologia não é uma ciência, mas pode se valer de todos os instrumentos e apoio da comunidade acadêmica. Dentro dessa visão, convidei vários pesquisadores nacionais para aderirem ao projeto. A edição de número 1 teve seu lançamento em Mariana, em Minas Gerais, com ótima repercussão. Havia uma lacuna na ufologia nacional para uma abordagem mais criteriosa e questionadora sobre o fenômeno dos ‘discos voadores’ e seus ‘tripulantes’”, comenta Werner, que estuda o fenômeno desde 1991.
A proposta da revista é explorar em cada edição temas variados dentro da fenomenologia óvni. “Sem sensacionalismo ou fantasias. Nossa linha editorial é extremamente rígida, e buscamos compreender todos os aspectos dentro de uma visão científica”, diz o ufólogo.
Os temas abordados são as pesquisas de campo nas quais são exploradas as várias facetas do fenômeno óvni, as atividades dos governos perante o fenômeno, abduções, ufoarqueologia (evidências desses seres no passado da humanidade) e ainda temas ligados à estatística, psicologia e astronomia.
“Temos uma equipe qualificada, consultores na Espanha, Inglaterra, Portugal, França e Chile e equipamentos para realizar todo tipo de investigação e análise. Visitamos vilarejos em busca de novos casos e recebemos também por e-mail centenas de relatos de várias partes do Brasil e do mundo. Tentamos compreender de maneira objetiva quais são os propósitos desses seres em nosso planeta e, principalmente, com os seres humanos”, comenta Werner.
Durante seu percurso como pesquisador, o ufólogo ressalta que o tema hoje encontra maior receptividade por parte das pessoas. “A ufologia, quando tratada de forma séria e objetiva, atrai a todos. Em nossas redes sociais notamos o grande interesse, e isso reforça ainda mais nossa responsabilidade em apresentar um trabalho que seja coerente e com responsabilidade”.
Werner entende que um dos maiores enigmas da humanidade é saber se estamos sós no universo. “Acreditamos (pesquisamos) que essa resposta já foi dada. As evidências de que estamos sendo monitorados por inteligências alienígenas são abundantes. Há milhares de relatos, registros fotográficos, filmes e documentos oficiais (militares) que apresentam de forma contundente a realidade de algo desconhecido pela ciência, mas que é real. E esse volume de informações precisa ser organizado e filtrado para depois ser analisado. É isso que fazemos”.
Barbárie humana dificulta contato
Entre 1960 e o começo de 1990, os relatos de avistamentos eram mais recorrentes. “Isso se deve ao fato de que não havia energia elétrica nas residências e os moradores das zonas rurais tinham mais tempo para observar fenômenos luminosos nos céus. A rotina do homem do campo era diferente. Mas eles continuam por aí”, comenta o ufólogo Paulo Baraky Werner.
Ele chama a atenção para a abertura em doses homeopáticas dos arquivos mundiais.
“Não há uma revelação contundente por parte das autoridades. No Brasil, a Força Aérea Brasileira já liberou milhares de páginas de documentação pertinente ao fenômeno óvni. Em outros países, houve aberturas semelhantes. Em geral, a população e os meios acadêmicos desconhecem esse volume de informações”, diz.
Para ele, esta é a prova de que o fenômeno é real e é tratado a priori como uma ameaça aos governos. “E todos eles, sem exceção, possuem departamentos especiais para o estudo dos objetos voadores não identificados. Recentemente, o Pentágono liberou um relatório de nove páginas sobre fenômenos aéreos não identificados. Mesmo inconclusivo, o relatório atesta a realidade dos fatos considerados altamente confiáveis pelos militares. Em nossa próxima edição temos um artigo assinado pela pesquisadora de Fortaleza Rafaela de Oliveira com os detalhes desse relatório”, acentua.
Mas, afinal, o que falta para um contato desses seres com a humanidade? “Essa pergunta é o cerne de todo o estudo realizado desde a década de 1940. Se considerarmos que estamos sendo ‘visitados’ por uma civilização apenas, o motivo do não contato oficial pode ser respondido com mais facilidade. Mas, se forem várias civilizações nos ‘visitando’, a tentativa de compreender fica mais difícil, pois os objetivos seriam múltiplos. E isso talvez seja o motivo que explique por que não há um contato aberto”, observa Werner.
E indaga: “Qual civilização avançada, observando a barbárie em que vivemos, teria coragem de manter um contato próximo? Vivemos em guerras religiosas, por petróleo, por territórios e estamos devastando nosso bem mais precioso: a natureza. Já há escassez de alimentos e água em vários países do mundo, fruto de nossas ações. A chave para o fenômeno óvni será consequência de nossos atos, e, por esse prisma, um contato final talvez nunca ocorra”, finaliza Werner. (AED)
Contato:
A revista OVNI Pesquisa é trimestral tem versão impressa e digital e é enviada para todo o Brasil e vários países. Acesse o site: www.ovnipesquisa.com.br ou faça contato pelo WhatsApp: (31) 99426-5326.
Documentário tenta dirimir dúvidas
Você acredita que estamos sozinhos no universo ou admite que outras civilizações estejam nos visitando há milênios? Por que esse contato ainda não ocorreu? Você acha que os extraterrestres são seres inofensivos ou podem nos fazer mal? Será que conhecemos todas as formas de vida em nosso planeta? Como foi criado o Sapiens sapiens? Qual o propósito dessa espécie? Qual o propósito da humanidade? O que sabemos sobre o início da espécie e civilização humana na Terra?
Muitas perguntas inquietantes. Mas o documentário “Extra: Uma Reflexão sobre o Contato” joga luz sobre essas indagações. Ele reúne entrevistas com grandes pesquisadores e estudiosos do tema ufo, realizadas ao longo de 2019, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com a “Revista Ufo” e o Grupo Aldebaran de Investigações e Debates Ufológicos (Gaidu).
Em abril de 2020, o governo americano confirmou que os vídeos de ufos vazados do Pentágono são reais, são verdadeiros. Mas as informações oficiais ficaram por aí.
Com direção de Mirza Reverbel, direção de fotografia de Rodrigo Alencastro e produção executiva de Paco Escajedo, o documentário mostra que pesquisadores do mundo todo desenvolvem trabalhos com diversas fontes que apresentam padrões de atividades relacionadas ao fenômeno ufo por todo o planeta. (AED)
Para assistir: http://www.youtube.com/watch?v=2CQx5e1Gd2U